segunda-feira, 23 de maio de 2011

Faleceu o escritor Geraldo Aguiar


Soubemos através de Coroné Severo informado pelo chanceler Paulo Gastão.

Foi na ultima quinta-feira 19 de maio, por um infarto fulminante, por volta das 21 horas, faleceu José Geraldo Aguiar, em Brasília de Minas, MG. Tendo seu corpo sido sepultado no dia seguinte na sua cidade natal São Francisco. Tinha 61 anos de idade, deixa a viúva, Edny Prestes Aguiar e três filhos.

 A tese defendida por Geraldo

Geraldo Aguiar exerceu a profissão de fotógrafo em São Francisco, por mais de 36 anos, com muitos contatos, tomou conhecimento dos rumores na região de que "Lampião" estaria vivendo naquele Município.

Passou a pesquisar e encontrou um homem sisudo, estranho, com um defeito no olho direito, usava óculos escuros e que não era de ter amigos. Procurou se aproximar daquela pessoa, travando conversas, puxando assunto, até que ficou sabendo de se tratar de João Teixeira Lima.

Os contatos foram aumentando. João Teixeira Lima passou a ter confiança em Geraldo Aguiar. Muitas informações foram transmitidas ao fotógrafo, até que num determinado dia, João Teixeira confessou que era, na realidade, Virgulino Ferreira da Silva, narrando toda a história de sua vida e como ele renunciou ao cangaço e fugiu para Minas.

Em 1992, Geraldo Aguiar disse para João Teixeira Lima que queria escrever a sua história, para corrigir o equívoco daquele episódio de Angico. Ele disse:  

" Meu passado foi muito problemático, não posso aparecer. Faça o que for possível, mas, não anuncie nada antes da minha morte. Vou morrer no ano que vem. Deixo minha mulher autorizada a colaborar com você em tudo que for possível.”

Realmente, João Teixeira Lima veio a falecer no ano seguinte, o óbito foi registrado em nome de Antônio Maria da Conceição, esputado em Buritis-MG e a sua então mulher, Severina Alves de Morais, conhecida por Firmina, outorgou procuração para José Geraldo Aguiar, prestou todas as informações necessárias e entregou documentos importantes.

Geraldo Aguiar pesquisou o assunto durante os 17 anos seguintes, entrevistou dezenas de pessoas ligadas ao cangaço e terminou de escrever o livro, sendo lançado em setembro de 2009 no Cariri Cangaço, com o título “LAMPIÃO, o Invencível: duas vidas e duas mortes” pela Thesaurus Editora, de Brasília.

Ele já estava com as pesquisas bem avançadas para lançar a 2ª edição do livro com mais detalhes e outras "provas" de que João Teixeira Lima ou Antônio Maria da Conceição era o próprio Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.




 Fonte: Minas News

3 comentários:

José Mendes Pereira disse...

Deixar de permanecer
no seio da mãe natureza, é
apenas uma transferência da
morte para a vida eterna.
Quem
viaja em busca de Deus, nada perde, apenas ganha um outro mundo, sem sofrimentos, sem maldades, sem ódio, e lá irá ser amado por Deus e pelo filho.
Na vida Geraldo,
com certeza você um guerreiro, um batalhador e um profissional honrado.

Morrer não é o fim.E que Deus o
ampare sempre ao seu lado.

José Mendes Pereira - Mossoró-RN.

Anônimo disse...

Que pena!!! Se vai um cara que não teve medo e fez o inacreditável. Desdisse a história e vários especialistas e ainda teve a coragem de se chegar ao Cariri para fazer o lançamento do seu livro.
Não o conheci, li o livro e comungo a opinião da unanimidade (Lampião se foi em Angicos) mas ainda sim, lendo o livro, tive a certeza de que ele realmente acreditava naquela teoria! E de cabra valente assim, eu tenho certeza de que Lampião gostaria!
À sua família, que tenha paz em seu coração!

Anônimo disse...

Quando tomei conhecimento do livro de José Geraldo Aguiar
"Lampião O invencível:duas vidas, duas mortes" fiquei muito inclinado a acreditar no seu conteúdo.
Por quê?
Ora, Uma mentira por diversas vezes repetida, transforma-se em verdade, devido a falta de uma outra versão que cite algo diferente sobre o mesmo fato.
Para trazer a verdade à tona, bastaria que alguém ligado a História Cultural desse Pais pedisse um teste de DNA do suposto Lampião falecido em Buritis-MG.
Acredito que se Lampião fosse uma figura da América do Norte, esse assunto já teria sido totalmente esclarecido.
Nesse livro constam nomes de pessoas importantes daquele Estado que tomaram conhecimento da existência do Lampião de MG.