sábado, 25 de setembro de 2010

Prazer em conhecer:

Lampião Aceso entrevistou o pesquisador e escritor Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho 

Nascido em Recife no no dia 30 de dezembro de 1955 viveu em várias cidades pernambucanas, entre elas Triunfo, Taquaritinga e Gravatá.


Formou-se em Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA, em 1978, no Recife – PE. Em seguida, fez pós-graduação em Administração Pública pela Faculdade de Administração de Pernambuco - FESP, nos anos de 1979 e 1980, também no Recife.

Servidor público municipal, desde 1975 (contratado pela extinta Fundação Guararapes, hoje incorporada a Secretaria de Educação do Recife), exerce o cargo de Administrador e faz parte da Comissão Central de Inquérito da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura do Recife. Desde 1991 tem como "hobby" a pintura, tendo já participado de diversas exposições coletivas e individuais.

Também é sócio fundador da instituição "Amigos do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano" e do "Núcleo Pernambucano de História", ambos no Recife, e membro da União Brasileira de Escritores - UBE - Secção Pernambuco.

Neste momento o escritorencontra-se em Lisboa, capital de Portugal, onde participou do VII Congresso da UMEAL, proferindo a palestra 'Fome de cultura' em homenagem aos 52 anos de existência da UBE-PE.

Condecorado em 2003, com a comenda da Polícia Militar de Pernambuco, a Medalha Pernambucana do Mérito Policial Militar.

Indicado pela Câmara Municipal de Gravatá - PE, em 2004, por unanimidade, para receber o honroso título de Cidadão Gravataense.

Geraldo Ferraz é um Civil de sangue militar. Nasce em uma "dinastia de homens da lei" que se inicia com o nosso bisavô Antonio Miguel Torres, repassada para avô, tios primos sendo que o avô o célebre Theophanes Ferraz nascido em 1894 foi o precursor da linhagem da família Ferraz no ingresso das “forças policiais”.

E sócio da SBEC - Sociedade brasileira de estudos do Cangaço. Atualmente responde pela vice presidência da UBE - União Brasileira dos Escritores /PE. É membro da Sabri - sociedade amigos da Briosa formada recentemente no intuito de resgatar o valor da policia militar deste estado, são 50 confrades entre ex oficiais e civis.

A briosa

Vamos saber como se sucedeu este abraço? 

O meu primeiro contato com o cangaço se deu 1967/68. Eu estava jogando bola em frente a nossa residência em Gravatá/PE quando chega uma cidadã num carro muito bonito, ai sabe como é curiosidade de garoto automóvel no sertão já era raro de se ver e novo então?

Ela estava à procura do meu pai e aí coloquei a bola embaixo do braço e me aproximei, fiquei quieto, atento a conversa que se iniciava. Então descubro que aquela senhora chamava-se Aglae Lima de Oliveira, era pesquisadora, estava ali procura de informações e fotos sobre o cangaço.

 O ex cangaceiro "Candeeiro" ao lado da saudosa pesquisadora Aglae.

E claro, porém eu não fazia idéia de ela buscava subsídios para um capitulo em especial que era a história do meu avô. O homem que prendeu Antonio Silvino e o levou até a detenção no Recife alem de ter perseguido muitos outros cangaceiros inclusive ferindo o próprio Lampião no pé.

Bom, depois de presenciar toda a conversa e depoimentos do meu pai eu fiquei impressionado e instigado.
Recordo como ontem que havia uma fotografia do meu avô no corredor da nossa casa. Na foto ele nos fitava com um olhar austero que acompanhava quem passava por ali. E de repente eu o olho novamente só que agora sabendo de tantos feitos que envolveram a vida daquele homem. Eis ali o meu ídolo que acabara de nascer graças a uma visita da saudosa Aglae.

Anos depois eu já morando em Recife adquiro meu primeiro livro, Guerreiros do Sol de Frederico Pernambucano de Mello e depois de deleitar naquela obra eu resolvi que iria escrever a história do meu avô Theophanes Torres Ferraz, pois na época quase setenta anos depois de falecido conhecendo a fundo sua trajetória e diante de outras obras que eu também pude ler considerei que ele estava na “sarjeta” e era preciso colocá-lo no patamar dos verdadeiros heróis daquela história. 

Apresente suas crias!
- O primeiro volume de Pernambuco no tempo do cangaço (1894/1925), vem ao mundo em 2002 -, e o 2º volume (1926/1933) em 2003. Em 2006 concretizamos a obra "Theophanes Ferraz Torres, um herói militar na cavalaria de Pernambuco" que apresenta um resumo da vida nesta importante entidade. Porque a cavalaria é uma corporação que forma heróis e Theophanes ingressa na cavalaria em 1914 após o seu grande feito da prisão de Silvino, portanto um herói nato.
 
 



E um ponto interessante que me chamou atenção é que o posto de comandante era de Major, e Theophanes entra como “capitão”. E só pra demonstrar a razão desta patente, informo que nosso avô dominava com maestria a arte da cavalaria, por um fator primordial de ser sertanejo, e inclusive vaqueiro. Então a Cavalaria Pernambucana lucrou com a sua atuação e ele lucrou tão quanto.

 Grande chefe de volante, exemplar chefe de família. 
Sra. Amélia de Sá Torres e Theophanes Ferraz.

Filho preferido?
- Carrego os três rebentos com a mesma dedicação. 

De outro autor?
- Na vasta bibliografia cangaceira fica difícil definir um único título pra por no patamar do melhor em nosso conceito. Eu digo com certeza que sou fã de dois ícones da escrita que são Antonio Amaury e Frederico Pernambucano, são estes as duas colunas mestras. 

Lamento existir um marco divisor entre alguns de nossos confrades que gostam de eleger uma predisposição para cada escritor dizendo que aquele pende para os militares e que o outro endeusa cangaceiros... criando um muro invisível. A sociedade que consome estes trabalhos até ganha com tal competição de idéias, mas nós escritores perdemos muito. Porem graças a SBEC, ao Cariri cangaço e a outros movimentos de estudo que serão promovidos e formados pouco a pouco teremos mais chances de ver essa naipe de estudiosos concentrados em um único assunto "o ciclo histórico do cangaço" puro, equilibrado nas duas medidas. Elejo Guerreiros do Sol de Frederico e Assim morreu Lampião de Amaury. 

Com base no que já leu qual é o primeiro título recomendado para um calouro?
- Para quem está iniciando eu aconselho que leia muito se possíve leia até a exaustão o que for necessário. Temos ai João Gomes de Lira nos dois volumes de seu “Lampião, memórias de um soldado de volante” temos a Marilourdes Ferraz e sua obra “O canto do acauã das memórias de Manuel de Souza Ferraz (Manuel Flor), um comandante das Forças Volantes”. Temos o próprio livro da Aglae “Lampião, cangaço e nordeste” que eu relatei no inicio desta nossa conversa. Aconselho mesmo que o calouro não fique apenas em um ou dois livros. E sem intenção de me promover eu diria que meu livro vem para atender uma necessidade sentida por pesquisadores, estudantes e curiosos no tocante à “cronologia” que não existia até então. Me dispus a partir deste principio aproveitando a saga do biografado, nosso avô, de 1894 até 1933 o ano de sua morte. Portanto a história vem da velha república que já é intrigante por si e que é marco ali o ciclo histórico do movimento cangaço ganha notoriedade com Silvino e Virgulino. 

No mais procurem participar de eventos e congressos como este que temos o privilégio. Seminários como o Cariri Cangaço amadurecem nossas ideias, formam melhor nossa opinião... Olha ai onde eu queria chegar: Temo muito por alguns formadores de opinião, são perigosos, pois estes vivem a incutir suas invenções e teorias absurdas na cabeça de muita gente que não sabe por onde começar. Eles impõem que aquela é a verdade.

Então é preciso respirar a atmosfera da época correto? Porque os valores da virada do século XIX para o século XX são totalmente diferentes do século em vigência. É preciso lembrar que religião, pátria e família eram as colunas de sustentação que regiam a sociedade e o cidadão que se excluísse dessa cartilha era automaticamente um marginal. O código penal desta época ainda não estava perseguindo o cangaceiro em si o bandoleiro ainda não havia recebido esta alcunha.

Com quantos personagens desta história você teve contato?
- Infelizmente eu tive oportunidade falar com poucas pessoas. Destes colaboradores a maioria prestou seus últimos depoimentos em prol da história, boa parte estava em idade provecta, entre 80 e 100 anos com a saúde debilitada e faleceram pouco tempo depois. Mas cada um narrou o que viu ou o que viveu registrei sua parcelas nesta bela história e cada um com seu valoroso depoimento tem nossa gratidão pela realização de Pernambuco no tempo do cangaço. Testemunhas oculares à exemplo de João Gominho que prestou grandes informações sobre a Floresta e a Serra Talhada e os contemporâneos do conturbado tempo do cangaço. 

Quanto aos ex cangaceiro: Eu não estive com nenhum. Até gostaria de ter estado com aqueles cabras que Theophanes reabilitou, como o caso de Medalha, Bem te vi entre outros, mas não foi possível. Me contentei com depoimento de quem os conheceu. Já no time dos militares destaco meu amigo Tenente João Gomes de Lira que se mostrou visivelmente emocionado ao saber que ali estava um neto de Theophanes. Herculano Nogueira irmão de “Lero”, me deu importantes informações que não divergem em nada do que depôe o tenente João Gomes, pelo contrário, só adiciona. 

Avalie a dificuldade daqueles sertanejos de Nazaré ainda existem muitos percalços, mas na referida época morando nos ermos da caatinga, cercados pela violência de Lampião que impôs vinganças injustas e ai foi inevitável o pessoal que não queria intriga com os irmãos Ferreira não tiveram alternativa se armaram e entraram em ação.

Com quem gostaria de ter conversado?
- Gostaria de ter conversado com Manoel Neto e Davi Jurubeba. Aproveito pra fazer justiça por conta de uma inverdade que já foi publicada por alguém que chegou a afirmar que os “Nazarenos” entraram na polícia para ganhar dinheiro, ou seja, foram meros oportunistas. É muito desplante, pelo contrario foram e ainda são homens de uma fibra tremenda, sertanejos natos que me ajudaram crer no estereótipo do autentico viver sertanejo com aquela hombridade hoje rara em nossa sociedade. Os Nazarenos foram homens exemplares que enfrentaram a inclemência das secas, o cangaço e seu maior ícone.

Qual o contato que não foi possível e lhe deixou de certo modo frustrado?
- Com certeza gostaria de pode ter convivido e ouvido todas essas epopeias da boca do meu saudoso e querido avô.

Qual é o seu capitulo ?
- A prisão de Antonio Silvino.

Um cangaceiro (a)?
- Antonio Silvino.

A pergunta será reitórica, mas vamos cumprir o protocolo: cite um volante?
- Está respondido desde o principio, Theophanes.

Um coadjuvante?
- O bravo Manoel Neto.

Uma personagem secundária? Queria ter bom papel, mas não passou de figurante.
- O Tenente Coronel Muniz de Farias foi um cidadão membro da policia militar de Pernambuco a meu ver indigno de envergar a farda que usava. Foi um excelente advogado, mas também foi o carrasco de Theophanes. Em 1926 Theophanes se engaja pela segunda vez na luta contra o banditismo. Era também época da Coluna Prestes agindo no nordeste ele se embrenha no alto Sertão pernambucano tendo como base a cidade de Salgueiro, em seguida Floresta. 

Então Theophanes vem limpando toda a região ate chegar à Vila Bela (Serra Talhada) ode ele assume o comando definitivamente. Porem descobre que haviam três incorporados da coluna dos revoltosos na policia pernambucana sob as ordens de Muniz de Farias e Theophanes o denuncia por esse fato. Muniz o chama publicamente de monstro o que repercute negativamente para Theophanes e Muniz inicia uma perseguição. Até que em 1930, ano da revolução Theophanes cai em suas mãos. Nosso avô vai perdendo a saúde gradativamente morre aos 38 anos de idade em 11 de Setembro de 1933. 

Geralmente todo pesquisador é colecionador, qual é o foco de sua coleção?
- É uma pergunta que me dói a consciência, me lembro de algumas peças que poderiam estar comigo, mas estão no museu de Petrolina/PE legadas a um 3º plano como fui informado. Lá estão especificamente: Um relógio de ouro Sete Capas da guerra do Paraguai, esporas de prata, a sua espada entre outros. Tudo isto foi doado pelo nosso tio Theophanes Ferraz filho mesmo nome do meu pai. Minha queixa é por não estarem devidamente guardados, já soube até que outras peças desapareceram do arquivo deste museu.

Entre as peças que ficaram com você tem alguma relíquia em especial? 
- Pra não dizer que não tenho nada fiquei além de uma oração de proteção do corpo (esta também utilizada por Lampião só que dedicada a outro Santo). Eu possuo o relicário que e ele carregava no bolso com um bisaco e um crucifixo da virada do século XIII para o XIX. Presente de minha tia Nide que eu guardo com muito carinho e apreço num cantinho especial de nossa casa.

Nós que gostaríamos de ver um filme que retratasse um cangaço autêntico, fiel aos fatos, sem licença poética, erro primário enfim sem exagero da ficção lamentamos a eterna necessidade de se ter finalmente uma produção digna da saga, de preferência um épico ou uma trilogia, enquanto isto não foi possível qual a película mais lhe agradou? 
- Você aborda outro assunto também muito importante Filme é assunto de urgência, pois chama a atenção, mas que um livro para quem gosta das histórias do cangaço, Baile perfumado. Representou bem a proposta que eu tina para um filme do gênero, quando se falava de filme de sertão maioria os cineastas se baseavam num cenário do tipo carrascais parece que estavam lendo Os Sertões de Euclides da Cunha, e de repente Baile perfumado nos traz aquela imensidão verde dos cânions do São Francisco ambiente preferido de Lampião...

 ...Quem ler Pernambuco no tempo do Cangaço vai acompanhar vários capítulos em que as volantes perdiam o rastro dos bandidos, pelas condições do clima porque chovia torrencialmente em diversas épocas do ano. Alem de mata fechada e verde predominante. Então Baile Perfumado acerta por ser feito por quem conhecia o Sertão de Lampião. Improdutivo? sim, mas verde. 

Mas ainda espero um filme que retrate ambos os lados da história tirando a volante da posição de meros coadjuvante já que eles também foram protagonistas. E que os autores esqueçam a tal necessidade dos termos pejorativos em que a policia era motivo de chacota. Um trabalho sério tem apresentar as estratégias montadas para combater o cangaço.

Eleja a pérola mais absurda que já leu sobre Lampião? 
- Os causos irritantes tipo: Criança jogada para o alto e aparada no punhal; o causo do cangaceiro obrigado a comer sal... olha aí essa do sal é também atribuído a Antonio Silvino então note que fundamento tem estas histórias?.

Aproveitando esta oportunidade de estar diante do senhor, um descendente do citado, quero levantar uma questão que é abordada no livro do Major Optato Gueiros “Lampeão, Memórias de um Oficial ex-comandante de Forças Volantes, 2ª edição, 1953. Na página 31 ele nos diz que: “Foram presos e mortos mais de “600 comparsas” do célebre bandido, baseando-nos ainda numa estatística organizada por “Theóphanes Torres Ferraz”. Dessa época para o fim da campanha em “1939” foram mais de “200” que tiveram a mesma sorte”. Poucos bandidos pra tantos defuntos concorda?  
- Optato exagerou, não procede. Eu também me enveredei por esta pesquisa e o número de vitimas não chega à um terço desta conta de Optato. Até porque ninguém nunca vai precisar uma quantidade exata de cangaceiros presos ou mortos. É uma estatística impossível. 

No nosso livro há uma citação sobre o mês de Outubro de 1927 em que a imprensa começa a divulgar um número de vítimas e de cangaceiros presos que tem quantidade bem inferior que os abatidos. Sem contar os que ficaram no meio do caminho, os que desertaram ou foram enterrados pelos próprios companheiros. Optato não poderia ter atribuído a Theophanes. É verdade que em 1924 com a criação da super volante meu avô tenta iniciar uma contabilidade, mas no final deste mesmo ano ele é remanejado para uma outra missão e interrompe a empreita. Vai para Petrolina já sob as ameaças da Coluna Prestes e só volta em 1926 diante do pedido e pressão do Sertão pernambucano.
  
 Volante comandada por Theophanes. O primeiro da esq. para Dir.

Diante de tantas polêmicas surgidas posteriormente a tragédia em Angico alguma chegou a fazer sentido, levando-o a dar atenção especial ex.: “Ezequiel não morreu e reaparece anos mais tarde”, “João Peitudo, filho de Lampião”, “O Lampião de Buritis” e “a paternidade de Ananias”?
- Não poderíamos ficar avessos a estas polemicas supostas paternidades. Fica aquele mistério suspenso. A família de Lampião poderia ter colaborado cedendo amostras para realização de exames de DNA e ponto final calaria os falsos herdeiros, mas confesso que nunca acompanhei os detalhes destes outros casos.

E para Geraldo : Lampião morreu baleado ou envenenado? 
- Meu amigo... que pergunta cabulosa. Acredito que naquela época a volante tenha se valido de uma substancia não venenosa, mas sedativa, para amansar “a fera” porque o Rei do cangaço não era de se “pegar na garapa”, ou seja, com facilidade, pelo que sabíamos Lampião não ficaria no mesmo rancho que seus comandados etc.
 

É isso: Houve uma substancia ingerida a ponto de não matar, não ser detectada pelos métodos dele nem tampouco provocar vômitos, Sem delongas, Eu, Geraldo Ferraz não acredito que ele tenha sido pego lúcido! 

Em que assunto ou personagem você está trabalhando, ou qual gostaria de estudar para a publicação desta pesquisa. Enfim qual a próxima novidade de Geraldo Ferraz que teremos em nossas estantes? 
- Estou engajado em projetos fora do campo da literatura. Os amigos da Briosa estão procurando meios de recuperar algumas instituições culturais que estavam relegadas, abandonadas como: O teatro do Derby, A banda de música da PM, o próprio Museu da PM tão relegado ao 5º plano o acervo tem seu paradeiro ignorado. Estes sãos nossos três objetivos primordiais. 

Mas além da paixão pela literatura ressalto que sou cobrado e incentivado pelo mestre Frederico Pernambucano para que minha caneta produza outros escritos pela memória daqueles militares ou civis que lutaram para manter a paz social e a ordem em nosso Estado. Histórias de perseverança que semelhantes à do nosso avô ainda não foram mostradas devidamente aos pesquisadores. 

Exemplo: A luta de Eurico de Souza Leão, um dândi, aquele que na  expressão jocosa “deu um cacete danado” tendo Theophanes como braço armado contra o cangaço.

Quem pesquisa sabe que em 1928 Eurico expulsa Lampião dos domínios pernambucanos e este vai para a Bahia. Bem, vou enaltecer não só Eurico como também Leite Serrano: Aquele que fugiu com Theophanes formando uma coluna independente durante a revolução de 30 pra tentar vencer aquela que na minha opinião era uma aquartelada já vencida. 

Então são dois personagens que eu terei o maior prazer em colocar a disposição do grande público um pouco de suas biografias. Agora aproveito o intermédio do seu blog para contatar parentes de Eurico de Souza Leão e Leite Serrano no sentido de autorizar e fornecer elementos necessários, fotos, fatos e outros documentos para desenvolver com a melhor precisão possível a trajetória destes homens justamente no ciclo do cangaço. 

Geraldo, veja se você já não possui esta imagem abaixo. Cortesia do nosso reverendo Ivanildo Silveira.


Uma recordação do Cariri Cangaço 2010.

 Geraldo Ferraz, Alessandro, sargento Narciso e o Coroné Ângelo Osmiro
posam para Sra. Rosane, esposa de Geraldo.


Adquira as três obras de Geraldo através do email: geraldoferraz@uol.com.br
Maiores informações, visite: Pernambuco no Tempo do Cangaço 

6 comentários:

ADERBAL NOGUEIRA disse...

Meu eloquente amigo Geraldo, foi muito bom tê-lo conhecido. Enfim uma pessoa corajosa para falar a verdade tantas vezes escondida. Dai a César o que é de César. Porque a volante sempre vilã? É chegada a hora da verdade: vilã às vezes, jamais sempre. A história tem de ser contada sem romantismo; é duro, mas Robin Hood só no cinema. Infelizmente, foi uma grande decepção para mim quando descobri a verdade. Valeu Geraldo, busque sempre a verdade, doa a quem doer. Mesmo se um dia venha a doer em você também, seja verdadeiro. Valeu.
Parabéns a Kiko também, pelas brilhantes entrevistas e iniciativa.
ADERBAL NOGUEIRA

Kiko Monteiro disse...

Messier Aderbal muito obrigado pela atenção e gentileza.

Lembrando que vamos conhecer a opinião e o trabalho de Aderbal Nogueira na encalço do cangaço em uma das nossas próximas entrevistas.

Abraçando!

Narciso disse...

Belíssima entrevista Kiko,não só esta mais também a feita com nosso amigo João de Souza. Fui um dos poucos a ficar até o final,tendo contato com essa pessoa extraordinária que é Geraldo Ferraz. E tivemos boa conversa no restaurante do Paságada,juntamente com sua esposa Rosane,a ponto de ser inventado até um novo tipo de sanduíche a ser adicionado ao cardápio do hotel rsrs. Belíssimo trabalho Kiko,um grande abraço Geraldo.

Saudações à todos os confrades

Narciso Dias

Gabriela Lima disse...

Oi,Gostei muito do blog,muito rico em informações sobre o cangaço.Vou fazer um trabaho sobre Maria Bonita,e estou um pouco perdida,queria se possivel algumas dicas para eu apresentar o trabalho!

Anônimo disse...

Caro Geraldo. Saudações!
Parabéns pela entrevista e pela "aula" magna sobre Teóphanes. Foi um dos pontos de maior altitude do Cariri Cangaço. Realmente faltam vozes como a sua para contrabalançar o peso das personagens da luta do cangaço: temos grandes figuras do lado das volantes que ainda não tiveram o devido reconhecimento jnuto à História, como Teóphanes, Mené Neto, Zé de Rufina, João Bezerra, Ferreira de Melo, Arlindo Rocha e outros. Parabéns, mais uma vez ao Kiko pela ótima entrevista. Abraço a todos.
Leandro C. Fernandes

Kiko Monteiro disse...

Olá Gabriela confira entre outras ocorrencias para o termo desejado o artigo: "entrevista com o pesquisador e escritor João de Sousa Lima" logo abaixo. Que é autor de um dos mais completos estudo sobre Dona Maria. Aconselho que adquira o livro A trajetória Guerreria de Maria Bonita, A rainha do cangaço. E terás argumentos sérios e suficientes para vosso trabalho.

email: joaoarquivo44@bol.com.br
ou (75) 8807-4138. Blog do João www.joaodesousalima.blogspot.com

Abraçando!