sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fique por dentro!

Os pioneiros da literatura cangaceira

O coroné e parte dos seus mimos!

Para você que pesquisa a produção literária acerca do cangaço, esta matéria deverá lhe ser útil. É o conteúdo da sublime apresentação do Coroné Ângelo, no Cariri 2011. 

Como já citei em outro artigo ele se valendo de uma escada Magirus percorreu toda à sua estante, catou estes títulos e comentou sobre cada uma das obras produzidas na época em que cangaceiros e volantes "tocavam o terror". 

É fato que Lampião conheceu pelo menos duas.

A apresentação estava em formato PowerPoint. Nós apenas ripamos o texto e sem o consentimento do 'homi' acrescentei mais um livro que não figura como fonte de pesquisa cangaceira, porém traz um capitulo interessante e duvidoso sobre "O rifle de ouro" Antônio Silvino e seu encontro com um missionário evangélico. 

No mais, inseri algumas informações, substitui umas poucas imagens para melhor ilustrar, além de indicar o link citado pelo Coroné que possibilita a leitura e até mesmo a impressão de "4" destes livros. 

Bom proveito!

A Literatura na Época do Cangaço
Por Ângelo OSMIRO Barreto.

1876 - O Cabeleira
Autor: Franklin Távora. Typografia Nacional. A narrativa é baseada em pequeno relato contido em “Memórias Históricas de Pernambuco” de Fernandes Gama e principalmente na tradição oral. Em 1963 o livro foi adaptado para o cinema.  A imagem acima é a folha de rosto da edição de 1902 lançada pela H. Garnier.


Capa da 3ª ed. de 1972.

Capa da 5ª edição de 2017


1895 - Os Brilhantes 
Autor: Rodolfo Teófilo. Romance baseado na trajetória de Jesuíno Brilhante. A segunda edição foi publicada em 1906 pela Typografia Minerva de Fortaleza. 3ª. ed. em 1972 Instituto Nacional do Livro/MEC, Brasília: organizada por Afrânio Coutinho e Sônia Brayner.


Capa da 6ª edição de 1962.

1912 - Terra de Sol, (Natureza e costumes do Norte).
Autor: Gustavo Barroso. Benjamim de Aguiar - Editor (RJ). Foram produzidas pelo menos sete edições, a última pela editora ABC de Fortaleza. O livro traz um capítulo intitulado “Cangaceiros e Curandeiros”.


Folha de rosto da 1ª edição

3ª edição, editado por Monteiro Lobato & Cia em 1922

5ª edição de 1997
1913 - Os Cangaceiros 
Autor: Carlos Dias Fernandes. Imprensa Official. (Parahyba do Norte). E identificada uma terceira edição em 1922. Trata-se de uma ficção baseada no cangaço.


capa da 1ª edição

Folha de Rosto da 2ª edição, 1931

1917 - Heróes e Bandidos (Os cangaceiros do Nordeste)
Autor: Gustavo Barroso. Livraria Francisco Alves (RJ). Obra rara trata da trajetória de vários cangaceiros, entre eles Adolfo Meia- Noite, "Viriatos" e Antônio Silvino.


Capa da 1ª Edição.

1920 - Beatos e Cangaceiros
Autor: Xavier de Oliveira. Edição do autor - Rio de Janeiro. *A visita de Lampião à cidade de Juazeiro, considerada como sendo “a Babylonia do sertão do Nordeste “, entre os dias 4 e 7 de março de 1926, pode ser considerada como sendo uma obra de arte da estratégia político-militar. Num Nordeste convulsionado pela passagem da Coluna Prestes e seus combates quase diários contra as forças legalistas e os Batalhões Patrióticos, além da luta feroz travada entre os cangaceiros de Lampião e as volantes das polícias estaduais, o quadro era de uma guerra total. Disponível na Web pela página da Universidade da Florida Clique aqui



1921 - O sertão, a política e os Cangaceiros
Autor: G. Pinto Editado no Rio de Janeiro pela Typografia da Revista dos Tribunaes.
Obs. Informação acrescentada em 7 de julho de 2018, o livro ainda não compõe o acervo do autor.


capa da edição de 1962

capa da 7ª ed. de 2002


1925 - Violeiros do Norte
Autor: Leonardo Mota. Editora Monteiro Lobato (SP). Livro reeditado pelo menos sete vezes, a última pela editora ABC de Fortaleza. Consta um capitulo intitulado “Os Cangaceiros e o Folclore.


Capa da 1ª edição.

1926 - Lampeão, sua História
Autor: Erico de Almeida. Imprensa oficial da Paraíba. Considerada a primeira biografia do Rei do cangaço. Escrita por encomenda do Presidente da Paraíba João Suassuna. Relançado em edição fac-símile pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba em 1996.


Capa da 1ª edição.




1926 - Prestes e Lampeão
Autor: Adaucto Castello Branco. Gráfica Irmãos Ferraz (SP). Apesar do título, pouco ou quase nada traz sobre cangaço, a não ser por uma rápida comparação entre Lampião e Prestes nas últimas páginas.


Capa da 1ª edição.



1927 - Lampeão no Ceará
Autor: Moysés de Figueirêdo. Typographia Gadelha (Fortaleza). Defesa do Major Moysés da polícia do Ceará vitima de acusações feitas contra sua pessoa por oficiais das policias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Um livro extremamente raro.

1ª edição


1928 - História do Banditismo da Família Santos Chicote
Autor: Joaquim Amaro. Typographia Diário da Manhã (Recife). Livro escrito com intuito de defesa da família Amaro contra a família Santos Chicote na época zona rural de Brejo Santo- hoje município de Porteiras CE. Enfoca vários fatos envolvendo jagunços e cangaceiros. Livro raro teve impressão limitada.


1ª edição

1928 - Sertão Alegre
Autor: Leonardo Mota. Imprensa Oficial de Minas Gerais (Belo Horizonte). Segunda edição em 1965 com prefácio de Rachel de Queiroz; A terceira edição foi editora: Cátedra ano de 1976 porém não citava o respectivo número. Então em 2002 foi oficialmente lançada uma terceira edição pela ABC de Fortaleza. O livro traz um capítulo intitulado “Alcunhas de Cangaceiros”.


Folha de Rosto , 1ª edição.



1929 - Cangaceiros do Nordeste
Autor: Pedro Baptista. Livraria São Paulo (Parahyba do Norte). O livro trata de lutas ocorridas na Serra do Monteiro no Sertão da Paraíba envolvendo a família “Terrível” que dominava aquela região. O conteúdo está disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia Clique aqui



1ª Edição

1930 - No Tempo de Lampeão
Autor: Leonardo Mota. Oficina Industrial Gráfica (RJ). A segunda edição é de 1967 e a terceira saiu pela editora Cátedra em 1976. Em 2002 a editora ABC lançou mais uma edição indicando também como "terceira", o que na realidade seria a quarta.



Capa da 1ª edição.


1930 - Os Dramas Dolorosos do Nordeste

Autor: Pedro Vergne de Abreu. Typografia do Jornal do Commércio (Rio de Janeiro). O livro traz em forma de reportagem, apanhados de crimes cometidos por Lampião no Sertão baiano.


1ª edição
 1930 - Almas de Lama e de Aço
Autor: Gustavo Barroso. Companhia Melhoramentos - São Paulo. Um Livro raro, entretanto seu conteúdo também está disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia. Clique aqui



1931 - O Flagello de “Lampeão”
Autor: Pedro Vergne de Abreu. Typographia do Jornal do Commércio (RJ). O livro reproduz matérias publicadas nos jornais do Rio de Janeiro e Salvador denunciando a violência praticada por cangaceiros.


1ª edição, 1931.

1931 - A Wandering Jew in Brazil. "Um Judeu Errante no Brasil" 
Autor: Salomão L. Ginsburg.  Convem ressaltar que a primeira edição é de 1922 Pela Southern Baptist Convention (EUA). No Brasil só foi traduzido em 1931 e impresso pela Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro. Depois reeditado em 1970 já pela JUERP. Uma autobiografia de Salomão Luiz Ginsburg um judeu convertido, (como o próprio título indica) que andou pelo interior do Nordeste abrindo igrejas Batistas na virada do século XIX para o XX, incluindo aí a Zona da Mata pernambucana. Em Nazaré da Mata, interior de Pernambuco, ele narra a história do encontro dele com Antônio Silvino, o cangaceiro disse ao pastor ter sido contratado por um padre para mata-lo...  Clique aqui e conheça o tal episódio




1931 - Os crimes do bandido Lampeão 
Série em 15 volumes com 150 páginas cada. editado em Lisboa, Portugal. Autor: Floriano Sergipe. adaptado por A. Victor Machado e Lançado por Henrique Torres Editor.

Obs. Informação acrescentada em 7 de julho de 2018, o livro ainda não compõe o acervo do autor.





1932 - O Exercito e o Sertão
Autor: Xavier de Oliveira. Livro raro do mesmo autor de “Beatos e Cangaceiros”. Lançado por A. Coelho Branco Editor (Rio de Janeiro).



1ª Edição, 1933

1933 - Lampeão
Autor: Ranulpho Prata (Mais tarde teve grafia alterada para Ranulfo). Ariel Editora Ltda. (RJ). A segunda edição é de 1934, uma terceira em 1956 e entre as mais recentes a que saiu pela Editora Traço, São Paulo, em 1982. Essa obra tem uma história particular porque Lampião teve um exemplar em suas mãos.



Folha de Rosto, 1ª edição
1934 - Factores do Cangaço
Autor: Manoel Cândido. Editora não identificada (Pernambuco). Um outro fato curioso é que Lampião tinha conhecimento deste livro e em uma certa emboscada encontra o autor que era promotor de justiça e o obriga a ler o livro na integra para ele (segundo o autor Bezerra e Silva em seu livro “Lampião e suas Façanhas”) A respectiva obra não só faz criticas aos cangaceiros como também as forças volantes. Clique aqui e conheça este episódio



(Fotocópia) capa da 1ª Edição
1934 - Sertanejos e Cangaceiros
Autor: Abelardo Parreira. Editorial Paulista (SP). Com prefácio do historiador Affonso de Taunay, traz capitulo sobre "os Carvalhos" e a destruição do povoado de São Francisco.


Capa, 1ª Ed. 1935
1935 - Coiteiros
Autor: José Américo de Almeida. Cia. Editora Nacional (SP). Trata-se de um Romance, curioso é que a segunda edição também é de 1935 (portanto duas edições no mesmo ano). Conteúdo disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia Clique aqui



Capa 2ª ed. 1970
1937 - O Outro Nordeste
Autor: Djacir Menezes. Editora José Olympio (RJ). Teve a segunda edição em 1970 pela Editora Artenova do Rio de Janeiro, traz o capítulo “O binômio violento e místico”.


Capa Reedição em 2006.
1939 - As Coletividades Anormais 
Nina Rodrigues. Editora Civilização Brasileira (Rio de Janeiro). Reeditado pela Gráfica do Senado em 2006. Este livro traz um capítulo sobre Lucas da Feira.


Capa da 3ª edição 1983.



1940 - Como dei Cabo de Lampeão

Autor: Capitão João Bezerra. A terceira edição de 1983 vem a ser a mais conhecida. Foi lançada pela Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana (Recife) com prefácio de Frederico Pernambucano de Mello.




1940 - Lampeão e seu bando Sangrento
Autor: Aferso. Crônica dos crimes de Lampião - episódios da luta contra o cangaço - Aspectos interessantes da vida de Lampião - o extermínio de lampião e bandoleiroS - Corisco. Livraria editora Paulicea - SP.
 


* Pesquei trecho no blog Philolibrorum

9 comentários:

Sergio disse...

Eita, coleção bonita. No entanto, para mim, no momento, me bastavam as seis últimas páginas do livro LAMPIÃO NO CEARÁ - A VERDADE EM TORNO DOS FATOS. O saudoso amigo Hilário Lucetti me enviou uma cópia xerográfica, mas vieram faltando as seis últimas páginas. Esse trabalho eu usei quando elaborei meu primeiro livro (LAMPIÃO NO RN). Fica aqui me rogo à boa vontade do Coroné Ângelo...
Abs
Sérgio Dantas.'.

ADERBAL NOGUEIRA disse...

É de dar inveja à Biblioteca Nacional. Parabéns, Presidente, pela magnífica biblioteca. Aderbal Nogueira

Sergio disse...

Amigo Kiko: O "Coroné" já entrou em contato comigo a respeito do livro LAMPIÃO NO CEARÁ - A VERDADE EM TORNO DOS FATOS. Trata-se do original do qual o querido amigo Lucetti mandou a cópia para mim há uns dez anos atrás. Assim, nada feito:

"E já que o livro em debate;
Foi o pertencido a Hilário;
Só me resta pedir deferência,
A Ivanildo, o Vigário!"

Abs
Sérgio.'.

Felipe Passos disse...

Amigo Kiko,
Muito boa postagem. Para falar a verdade, eu queria ter pedido ao Angelo Osmiro uma cópia da apresentação, mas fiquei com vergonha...rsrsrs...aí vc aparece com o post da apresentação. Inesperado e inacreditável.
Abração,
Felipe Marques
Macaé/RJ

Unknown disse...

olá,eu gostaria de saber se voce pode me conseguir todas estas publicações amostra todos estes livros .

Kiko Monteiro disse...

Davi, não compreendi o seu pedido!?

Hérlon Fernandes disse...

Quanta riqueza bibliográfica. Gostaria de uma cópia do livro escrito por Joaquim Amaro. É possível?

Kiko Monteiro disse...

Oi Hérlon, creio que sim.

Entre em contato com o escritor/colecionador Angelo Osmiro pelo email aobrr@bol.com.br ou pelo zap (85) 99987-1646.

Att Kiko Monteiro

Unknown disse...

Parabéns ilustre Ângelo Osmiro,por nos dar a oportunidade de conhecer essas preciosidades de valores inestimáveis. Um grande abraço.