quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

E AGORA JOSÉ ?

O sobrinho de Lampião

Por Ivanildo Silveira

Muitos estudiosos do cangaço ignoram a existência de “ José “, sobrinho de Lampião, e que estava na Grota do Angico/SE, no fatídico 28 de julho de 1938 ( morte do Rei do cangaço).

A literatura lampiônica fala que na quarta-feira, 27 data esta, que antecedeu o massacre, a pedido de Lampião, a cangaceira “Cila” costurava o culote para “José” que, três dias antes, se incorporara ao bando.


 Desculpem a má qualidade. 
Esse é o "melhor", aliás, o único registro existente.

José Ferreira dos Santos era um rapazote com aproximadamente 17 anos de idade na época do fato, sendo filho de Virtuosa, irmã de Lampião, que vivia no Juazeiro do Norte/CE, desde o convite e proteção do padre Cícero.


O Jornal "A Tarde" da Bahia, em sua edição de 02 de março de 1939, apresentou importante entrevista com a personagem  José, o qual narra para o repórter, a sua entrada no bando, bem como a sua prisão, que ocorreu na cidade sergipana de Canindé.



Esse indivíduo, cumpriu sentença, e, depois, desapareceu. Sabe-se que, ainda, alguns anos depois, ele fez contato com alguns familiares. Visitou sua tia "Dona Mocinha" quando esta residia no estado de Pernambuco, e desapareceu no ôco do mundo. Não se sabe, se o mesmo, ainda hoje é vivo, pois estaria com precisos 91 anos de idade...

É mais um mistério do cangaço. Pergunta-se : JOSÉ, PARA ONDE ?


Abraço a todos
Ivanildo Alves Silveira
Colecionador/Estudioso do cangaço
Natal/RN

Matéria do jornal - Cortesia do Dr. Sérgio Augusto S. Dantas / Luiz Ruben

7 comentários:

Anônimo disse...

Bom artigo. Mas o nome do tio seria João? Será que o jornalista errou? Ou esse aí não era o José verdadeiro?

C Eduardo

Sérgio.'. disse...

E eu me lembro bem que, em 2008, alguém havia defendido, em um artigo, a hipótese desse José nunca ter existido...Mas que fora criado posteriormente, para 'enfeitar' o episódio....
O bom é que, cedo ou tarde, a verdade aparece e os mitos descem de ladeira abaixo...
Valeu, Kiko!
Abs
Sérgio.'.

Kiko Monteiro disse...

Carlos

Obrigado pela observação o tio que ele se refere é o João. Que de fato residia em Propriá na Epoca.

josé sabino bassetti disse...

Só para elucidar.

Não houve erro do jornalista não. O João que se refere, é João Ferreira dos Santos,irmão de Lampião que na época residia com a família em Propriá.

Abraço a todos.

Sabino Bassetti

Kiko Monteiro disse...

Salve Sabino

Há o erro, porém simples. Na matéria está escrito que ele morou em Propriá com Tio "JOSÉ" ao invés de João.

Abraçando!

IVANILDO SILVEIRA disse...

SOBRE A OBSERVAÇÃO DO AMIGO CARLOS EDUARDO...TEMOS A ACRESCENTAR, O SEGUINTE:

1º) O erro na matéria quanto a trocar o nome de JOÃO (irmão de Lampião)por José, é perfeitamente entendível, como uma falha do repórter/jornalista..

2º)O Personagem JOSÉ, é autêntico..veja-se,as minúncias do seu depoimento:

a)Cita ser Filho de Virtuosa;

b)Cita 03 vezes na matéria, o nome de MESSIAS ( de caduda ), grande coiteiro na região;

c)Cita o código secreto de comunicação dos cangaceiros: " bater duas pedras, uma contra a outra";

d)Cita capitão Anibal, grande policial que foi fundamental nas ENTREGAS dos cangaceiros;

e) Cita JÚLIO (irmão de Mané Félix),coiteiros da Fazenda Angicos;

f)Volante Baiana de Antonio Recruta; cangaceiro BALÃO... ETC...ETC..ETC..

Só uma pessoa, que tenha vivido o episódio, acima descrito, informaria, com precisão, a riqueza de detalhes (verdadeiros), acima elencados..Um impostor não chegaria a uma precisão deste porte..

Diante de todas essas informações e evidências, corretas, e, elementos de convicção, NÃO HÁ DÚVIDA, de que o JOSÉ da reportagem, acima postada, é o SOBRINHO DE LAMPIÃO, filho de Virtuosa......Então...

E, AGORA JOSÉ ?

Abraço ao cangaceiro carioca
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Natal/RN

Anônimo disse...

O investigador/colecionador Dr. Ivanildo Silveira, sempre atento aos detalhes, confirma que para bom entendedor pingo é letra. Quem errou foi o redator da matéria, desatento confundiu José com João e assim criou mais uma polêmica para divertir os cangaceirólogos, pois cangaço sem polêmica é igual mateiga sem sal.
C Eduardo