sexta-feira, 26 de julho de 2013

Domingo é 28 de Julho

75 anos do massacre de Angico

Sete décadas e meia após seu desaparecimento Virgolino Ferreira da Silva segue sendo o bandoleiro mais amado e odiado da nossa história. Apesar da fama que atravessou o continente, a sua saga ainda é ignorada por muitos, inclusive por acadêmicos de história. Talvez nem façam ideia de que esse pernambucano permanece como o Brasileiro mais biografado de todos os tempos na literatura nacional e o segundo na américa latina (ficando atrás somente do argentino Guevara).

Um museu dedicado exclusivamente ao Cangaço está prestes a se tornar uma realidade. Vera Ferreira, neta de Virgolino e Maria, nos informou no ultimo final de semana que já estão agendadas as reuniões na Universidade Estadual da Bahia (UNEB) que vão definir os últimos detalhes para edificação do memorial que vai abrigar em Salvador o acervo mantido pela família Ferreira.

Em Setembro próximo o Cariri cearense recebe centenas de pesquisadores, dentre estes alguns dos maiores especialistas, para o maior evento do gênero. É o Seminário Cariri Cangaço que apresenta sua quarta edição de 17 a 21/09. Fique atento as atualizações.

No local da tragédia; na cidade natal de Virgolino e naquela que deu inicio ao fim de sua saga estão acontecendo diversos eventos para marcar o aniversário de sua morte, de sua amada Maria, além de nove companheiros e o único soldado morto na chacina, Adrião Pedro de Souza.

Madrugada em Angico...
Foto: Márcio Vasconcelos
PROGRAMAÇÕES

A Sociedade do Cangaço, entidade capitaneada por Vera Ferreira, realiza a 16ª Missa do Cangaço. A caravana parte no domingo bem cedinho de Aracaju e este ano contará com mais de duzentos participantes.

Arte de Jeancarlo Petchas

A Fundação Cultural Cabras de Lampião está promovendo em Serra Talhada, PE desde quarta-feira, 24, palestras, Shows, apresentações de grupos de Xaxado. Além do espetáculo teatral ao ar livre "O massacre de Angico" que tem atraído milhares de espectadores todas as noites. Confira no site Farol de Noticias


De hoje até domingo o governo Municipal de Piranhas, AL e o Cariri Cangaço promovem naquela bela e histórica cidade a última Avant Premier do grande evento com várias palestras, exibições de documentários... etc.

 Você viu a programação? Clique Aqui



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À propósito:
São também 75 anos de trilhas. E quanto à preservação?

Em uma de nossas visitas, em janeiro de 2010 naquela ocasião acompanhado pelo confrade Narciso Dias notamos e lamentamos a quantidade de lixo deixada por turistas que faziam a trilha dos cangaceiros (aquela que é feita a partir de Poço Redondo). A Unidade de Conservação Monumento Natural Grota do Angico ainda estava em fase de conclusão. O que viria a ser a solução para que cenas como estas não se repetissem, pois bem.

O Monumento Natural Grota do Angico é uma unidade de conservação da natureza sancionada pelo governador Marcelo Déda, em 21 de dezembro 2007, para proteção de 2.138,00 hectares de Caatinga. Com um investimento de R$ 563.405,12, a infra-estrutura do Monumento Natural Grota do Angico contempla um conjunto de edificações com Pórtico, sede administrativa, escritório, mirante, laboratório e alojamento para técnicos e pesquisadores. As obras foram realizadas em parceria com a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop).



Fonte: Scielo.br

A unidade de conservação tem como objetivo preservar o sítio natural existente na Grota do Angico e seus valores culturais associados, mantendo a integridade dos ecossistemas naturais da Caatinga para o desenvolvimento de pesquisa científica, educação ambiental, ecoturismo e visitação pública. Além da riqueza biológica, a área protegida do Angico é reconhecida pelo seu valor cultural e histórico, pois abriga a Grota do Angico, local onde ocorreu a morte de Lampião, de Maria Bonita e de parte do bando.

De acordo com o site da SEMARH Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, a Unidade de Conservação Monumento Natural Grota do Angico, foi mais um vez espaço de desenvolvimento de pesquisas. Em fevereiro deste ano, a UC, gerida pela (Semarh), abriu espaço para os alunos da disciplina Gestão em Unidades de Conservação do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Sergipe (UFS).


Segundo a professora Dra. Laura Jane Gomes, do Departamento de Ciências Florestais (DCF) da UFS e ministradora das aulas, o objetivo do curso foi mapeamento e impacto das trilhas da unidade, elaboração de um projeto de interpretação da natureza, além de analisar os conflitos existentes.


O trecho analisado em pesquisa foi o da trilha do Cangaço-local. A fim de analisar o grau de visitação (passagem) humana, foi analisada a medição da largura da trilha.  Na oportunidade, o coordenador técnico do Monumento Natural Grota do Angico, Thiago Vieira,  fez explanação sobre a atuação da Semarh  destacando as ações relacionadas à gestão e manejo na área protegida.

Com informações do site Sergipe Tec

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Kiko essa preocupação com o estado das trilhas é bastante pertinente, no entanto gostaria de esclarecer que o lixo é somente encontrado na trilha que parte por Poço Redondo, já que a trilha por Canindé de São Francisco a partir do Restaurante Angicos é monitorada e passa por limpezas periódicas, além dos visitantes receberem orientações de como procederem dentro da Caatinga e em especial do Mona Grota do Angico.

Kiko Monteiro disse...

Saudações anônimo

A minha observação era justamente quanto a "Trilha dos cangaceiros". Está frisado em parênteses o ponto de partida.

Volto a lembrar que isso foi em "2010". Depois dessa oportunidade nunca mais desci a até a grota por essa trilha.

Não posso garantir, apenas acreditar, que após o inicio das atividades da UC assim como vocês que promovem a trilha partindo de Canindé que a limpeza e conscientização vem sendo feita.

A "trilha da volante" qual você se refere, (Que é a mesma feita por quem parte de Piranhas) também fizemos no mesmo dia, só para constatar se o cenário se repetia e felizmente nada de anormal foi detectado.

Enfim o intuito do meu adendo, é pra louvar a criação a ação da Unidade de conservação/MONA porque até aquela época nenhuma entidade promovia ou monitorava oficialmente a trilha dos cangaceiros.

Obrigado pela participação