quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lampião em Mossoró ou...

... como bem definiu o poeta António Francisco... 
 "O ataque de Mossoró ao Bando de Lampião".

Mais um excelente vídeo de messier Aderbal Nogueira "o Bejamim Abrahão do nosso tempo". Instigado pela repórter Vânia Galceran o monossilábico guia Paulo Medeiros Gastão nos guiará pelos principais cenários da "cidade de quatro torres". Com depoimento especial de José Cordeiro testemunha ocular do embate.

7 comentários:

Sergio Dantas disse...

Uma hora e trinta minutos de tiroteio? Nossa! Foi uma verdadeira guerra!

ADERBAL NOGUEIRA disse...

Amigo Kiko, gostaria apenas de salientar que esse vídeo que gravei com Paulo foi feito no início do ano 2000 e que o depoimento do senhor José Cordeiro eu gravei em 1998, e ambos fazem parte do projeto Veredas do Brasil.
Aderbal Nogueira

Helio Filho disse...

O Senhor Sergio fez uma observação sobre o tempo que durou o tiroteio. Segundo Paulo Gastão foi 1.30min, ja segundo o ex combatente Jose Cordeiro foi mais de duas horas, o que acho mais aceitavel, pois afinal de contas ele estava presente na ocasião.
Helio Filho

ADERBAL NOGUEIRA disse...

Bom ver o amigo Sérgio Dantas de volta ao blog. Sem dúvida uma das opiniões mais abalizadas que conheço. Aderbal Nogueira

Sergio Dantas disse...

Amigo Helio: Ele estava lá, de fato, e eu o conheci já velhinho. Todavia, quando insinuo que talvez o tempo do 'fogo' tenha sido menor, me baseio nos jornais da época. Nestes, as reportagens 'mais exageradas' fixaram a duração do tiroteio em cerca de 40 a 45 minutos. Não vou discordar do tempo afirmado pelo Sr. José Cordeiro, mas também não vou desacreditar na palavra de jornalistas como o Sr. Lauro da Escócia, já falecido, que foi um dos que também estava lá e noticiou, nos dias seguintes, o combate (Ver edições do 'O MOSSOROENSE', junho e julho de 1927).
Em um trecho de uma das reportagens, escreveu Escóssia: "Durante toda a noite a detonação de armas em profusão. Parecia noite de São João bem festejada". Mais adiante, (cerca de uma hora depois do início do combate e com a percepção que a fuzilaria diminuíra), o mesmo jornalista pergunta a um defensor, instalado na casa do Intendente Rodolfo Fernandes, "onde estariam os cangaceiros àquela hora", e escutou a seguinte resposta: " Devem estar por trás da Igreja de São Vicente ou fugiram! Ninguém sabe!"..
Assim, é difícil fixar com precisão este tempo entre o início e o fim do 'fogo'. E como já ressaltado, as trincheiras - sem ter a confirmação se os cangaceiros, de fato, haviam deixado a cidade -, passaram a noite dando tiros esparsos. A certeza da retirada do bando só se deu com o clarear do dia.
Porém, ressalto que esta é uma OPINIÃO PESSOAL e se baseia em vasto noticiário da época. Por outro lado, expresso meu respeito ao ponto de vista dos que participaram do combate, entre eles o saudoso José Cordeiro - ou daqueles que estudaram o assunto mais a fundo do que eu. A dialética é saudável!
Abraço cordial.
Sérgio Dantas.'.
NATAL

Helio Filho disse...

Sr. Sergio. Obrigado pelas explicações, Não o conheço pessoalmente, so de nome e pelos brilhantes trabalhos publicados. Respostas como essas e que fazem o estudo valer apena. Ainda mais com o aval dado por Aderbal Nogueira. Helio Filho

Deyse Cordeiro disse...

Nossa ao ver esse vídeo fiquei muito emocionada, pois isso faz parte da minha história, lembro muito bem de tudo que meu avô José Cordeiro Filho contava sobre a história do ataque de lampião a Mossoró, ele era um grande homem, muito orgulhoso por ter feito parte deste lindo fato ocorrido em nossa cidade, fui tomada por uma grande emoção quando o vi falando, expressamos por vocês que levam a sério o estudo do cangaço um enorme e gratificante agradecimento, pois sabemos que é através de vocês que jamais, essa, e outras histórias iram acabar, se perpetuaram por seculos e seculos, tenho um imenso orgulho de ser neta deste maravilhoso homem, procuro estudar ao máximo a história do cangaço pois me interessa demais, sou aquela que dentro da família conhecer mais da história e sempre lembrar e repassar. OBS: peço para que cada um de vocês tiverem mais algum tipo de material do meu avô, entre em contato comigo pelo Facebook ou email. Agradecida!
Email= deyseesther@hotmail.com
Facebook= Deyse Esther Cordeiro