O período das entregas
O confrade orkutiano Geziel Moura compartilhou conosco não somente e opinião sobre a necessidade de se abordar um capítulo muito importante para o estudo e compreensão do cangaço. Bem como a resposta do confrade Sérgio Dantas.
Eu enquanto estudante do cangaço sempre defendi que tal pesquisa poderia ser mais específica, explico:
Alguns autores já se arvoraram neste enfoque como por exemplo, Maria Cristina Mata Machado e seu livro "As táticas de guerra dos cangaceiros", Frederico Pernambucano em seu "Estrelas de couro" ainda no prelo, Oleone Coelho e seu "Lampião na Bahia" . Assim, tais autores fizeram um recorte razoável de parte da temática cangaceirista e com um bom aprofundamento as discutiram, fugindo da generalização superficial que se leva as repetições de sempre como: Lampião em angicos morreu ou não?, Lampião bandido ou herói ? etc.etc..
Diante disso suponho que o período da anistia dos cangaceiros conhecida como "as entregas" seria um interessante objeto de investigação por parte dos pesquisadores, pois tal momento se configura na minha ótica lacunas dentro da pesquisa Lampiônica.
SD corresponde: Cabra pessoalmente eu acho que o estudo do cangaço ainda tem algumas lacunas não estudadas com a devida profundidade, dentre elas o período das entregas, não sei dizer que dificuldades existem para escrever sobre este período tão interessante e que culminou com o fim deste movimento no nordeste, mas pouca coisa já li sobre este processo de anistia. Cabras como Moreno e Zé Sereno fugiram e nunca pagaram por seus crimes? Fico me perguntando não existia buscas? Seria muito proveitoso elucidar como realmente ocorreu essas entregas.
*Legenda da fotografia: "A rendição do grupo de Pancada". De pé: Barreira, Santa Cruz, Vila Nova , Peitica. Sentados: Pancada, Vinte e cinco e Cobra Verde.
Bônus:
José Calixto da Silva, o "Peitica
8 comentários:
Preciso saber algo com extrema urgência. Qual o nome do Cobra Verde??
Meu e-mail tatidecristo@yahoo.com.br
Tati eis aqui a resposta e outros detalhes obtidos com o nosso amigo e colaborador o escritor potiguar Sergio Augusto de Souza Dantas.
O cabra COBRA VERDE chamava-se MANOEL AURELIANO LOPES, natural de Pão de Açúcar - AL (zona rural). Participou das entregas e depois ganhou mundo.
Há várias versões para sua vida pós-cangaço (foi para a polícia, ou se tornou funcionário do IML de Alagoas, ou ainda, foi servidor da Prefeitura de Maceió..etc).
Como se tratava de um cangaceiro novo, com menos de dois anos no movimento e nunca liderou grupo, ninguém se interessou em ir atrás do que seria a verdade.
Abraço.
Este último cangaceiro sentado, à esquerda, nunca foi identificado. Com certeza COBRA VERDE não é.
Então Professor Luciano, compartilhe conosco esta sua sua certeza, por que o cangaceiro em questão não é Cobra Verde??? Em que livro ele consta como desconhecido?
Att Kiko Monteiro
Pode ser que você esteja se referindo ao "primeiro" Cobra verde, que se chamava "Antonio dos Santos" que passou pouco tempo no Cangaço precisamente durante o ano de 1926 e foi preso em 1927???
olá gostaria de saber onde posso conseguir o trabalho de cristina da mata machado onde se refere sobre as influencia do cangaço para o nordeste precisava com urgência para entender melhor esse momento vivido pelos nordestinos trabalho de apresentação
Eu acho que o nome desse do meio do que estão assentados é o cangaceiro moreno.
Eliardo a identificação da fotos está 100% correta, o cangaceiro em questão é o "25". Na ocasião da morte de Lampião Moreno se encontrava em Mata Grande, AL. Não foi preso e nem tampouco se entregou, com ajuda de um padre conseguiu fugir com Durvinha até chegar no sudeste.
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