sábado, 23 de janeiro de 2010

Amigos e viagens

Narciso no trem da história
 
No último dia 20 fui pela segunda vez fazer a trilha que leva até a Grota de Angico. Desta vez como anfitrião do amigo Narciso (à esquerda na foto) sargento da policia militar de João Pessoa - PB. Um apaixonado pela história que apesar de frequentar Sergipe regularmente nunca tinha ido a referido local. Pois bem, nos desafiamos à percorrer ambos os acessos até o palco da tragédia de 28 de julho de 1938.

Optamos pelo “Caminho alternativo” partindo de Poço Redondo auxiliados por um caboclo da região.

Deixamos o veículo no canteiro de obras para a criação do centro de estudos e preservação do bioma da Caatinga, (Foto abaixo), Um serviço de extrema necessidade que vai abranger toda àquela região inclusive as margens do Velho Chico.

Evidente que a trilha apartir deste ponto não é tão utilizada quanto à oficial. A vantagem é por ser mais próxima para quem vem da capital ou região Sul do Estado, mas para por aí, visse?


POR QUE?

O guia? gente finíssima, conhece toda a região, mas não lhe transmite maiores informações, entonce para quem não sabe como realmente as coisas aconteceram... nem pergunte, vá ciente, imagine o momento, Algum fã de conspiração pensou de imediato: E QUEM REALMENTE SABE?

Um problema que requer urgente providencia é a necessidade de orientação para preservação da beleza natural e praticamente original sabem o que está acontecendo? Alguns “curiosos” que fazem este percurso estão poluindo a mata. Pelo caminho encontramos vários vestígios da falta de consiencia, eram dezenas de latas de cerveja, garrafas pet, bolsas plásticas, copos... enfim, "lixo" do começo até poucos metros da grota.

Vide a imagem da latinha, uma só, mas são tantas que ia parecer comercial de campanha de reciclagem.


O mesmo não acontece no sentido Rio – Grota, pois certamente há orientação responsável ou mesmo uma coleta posterior as visitações. Parabéns aos profissionais.


Enfim pra ser franco, este trecho não é uma boa ideia, é coisa de aventureiro ou para quem tem disposição de sobra, pois é muita ladeira confrades. A oficial até que tiramos de letra, pelo menos retornamos ao ponto da grota menos ofegantes e suados.

Confesso que a tal falta de fôlego me lembrou da facilidade que tive na primeira visita (à dez anos atrás). Hoje dois ou três dezenas de quilos mais gordo e após uma noite de insônia me vi ruim para retornar ao veículo não só eu com o companheiro Narciso (entrego mesmo).

Sentimos na pele e no coração a resistência dos bandoleiros que enfrentavam os terrenos acidentados correndo, andando e carregando 30 kg pendurados no corpo com aquele friozinho de verão no sertão do São Francisco das 10h ao meio dia. Aliás classifiquei somente o bandoleiro e o sertanejo? agricultor? vaqueiro? etc enfrentam todos os dias tantos percussos semelhantes no seu cotidiano. Euclides da Cunha está sempre certo "eitcha povo forte"! 

Pra recuperar o ânimo uma boa conversa com o amigo escritor Alcino Costa em sua residência. E uma passagem rápida por Alagadiço - Frei Paulo - SE.


Abraçando os colegas Narciso, Narciso Jr., Nilton, e Eronildes.

Att. Kiko Monteiro

3 comentários:

CARIRI CANGAÇO disse...

Amigo Kiko, rapaz vc é um forte mesmo, a trilha por Poço Redondo é para quem tem muita energia para queimar,rsrsrs

Que bom rever o amigo Alcino, bem de saúde, firme e forte, também estivemos com ele a dez dias.

Grande abraço de seu amigo
Severo

Kiko Monteiro disse...

E cumpadre véio eu bem queria ter ido na sexta-feira em que vocês estiveram por lá, mas por questão da agenda do nosso parceiro só fomos na data citada. Alcino? agora está firme novamente, me contou da vossa visita e do "susto". Eu tiro por mim rsrsrsr.

Abraço fraterno!

Narciso disse...

Valeu pela postagem Kiko,foi muito bom reviver a história,espero termos outras oportunidades. um abraço à todos.