Por Rubens Antonio
O levantamento do número de militares mortos em combate, seja baianos ou na Bahia, tem surgido apenas esparsamente, muito dado a erros e imprecisões.
Esta listagem é uma contribuição que aponta aqueles mortos que estão referenciados em diversas publicações, especialmente aquelas reconhecidas, no momento, pela própria Secretaria de Segurança da Bahia.
O seu acompanhamento é interessante ao demonstrar evidente o despreparo inicial da polícia baiana, no combate ao Cangaço. No seu passo, a correta dimensão do problema e a profissionalização crescente permitiu, primeiramente, a queda do número de militares mortos. Em segundo lugar, a inversão, com a progressão de cangaceiros eliminados.
Outro ponto que chama a atenção foi a desatenção descuidadosa do Estado, em relação aos seus mortos.
Inumados em sepulturas simples, seus restos, em sua maior parte, perderam-se.
1927
Quarta–feira 18 de fevereiro de 1927 - Picos, em Santo Antônio da Gloria
+ soldado Paulo Sant’Anna
1928
22 de dezembro - Fazenda Curralinho, no Cumbe (Atualmente Euclides da Cunha)
+ sargento José Joaquim de Miranda, (que aparece também citado como João Joaquim de Miranda, apelidado “Bigode de Ouro”).
+ soldado Juvenal Olavo da Silva, (Que aparece também citado como Juvenal A. da Silva).
+ soldado Francellino Gonçalves Filho, (Que aparece também citado como Francisco G. Filho).
1929
7 de janeiro de 1929 - Arraial de Abóbora, em Jaguarary (Atualmente é povoado de Juazeiro)
+ soldado José Rodrigues
+ soldado Manoel Nascimento de Souza
João Alves Guimarães, testemunha do combate de Abóbora, aponta a localização da entrada do antigo cemitério de Abóbora. Os soldados foram enterrados próximo à quina branca que se vê à esquerda. um novo cemitério foi instalado em outra localização, entretanto, os restos dos mortos não foram retirados. Daí, os restos dos soldados ainda repousam nos mesmos sítios, sob o pavimento da nova Abóbora.
26 de fevereiro de 1929 - Novo Amparo
+ soldado desconhecido
+ soldado desconhecido
4 de junho de 1929 - Brejão da Caatinga - Campo Formoso
+ cabo Antônio Militão da Silva
+ soldado Pedro Santana
+ soldado Cecílio Benedito da Silva, (Que aparece também citado como Cecílio Bernardino Alves).
+ soldado Manoel Luiz França, (Que aparece também citado como Manoel Luis de França).
+ soldado Leocádio Francisco da Silva, (Que aparece também citado como Leocádio Francisco dos Santos).
Os corpos dos soldados mortos em Brejão da Caatinga foram exumados e levados para a cidade de Campo Formoso, em cujo cemitério foram enterrados. Em uma reforma no cemitério, os restos de diversos mortos foram retirados e agregados em uma cova comum, em uma quina do cemitério. Entre eles estavam os restos dos militares. Na imagem, o coveiro atual, Eduardo Costa Sebastião, mostra onde repousam os mortos de Brejão da Caatinga, na quina, sob a árvore e os tocos de madeira.
20 de setembro de 1929 - Tanque Novo - Juazeiro
+ soldado desconhecido
+ cabo João Soares
21 de outubro de 1929 - Patamuté
+ soldado Olegário C. da Silva
Soldado Pantaleão da Silva foi dado por Felippe Castro (1975) como morto, mas foi apenas ferido, tendo sido promovido.
Soldado Pantaleão da Silva,
ferido, recuperando-se em Salvador.
18 de dezembro de 1929 - Uauá
+ soldado Vitorino Baldoino Lopes
+ soldado João Felix de Souza
19 de dezembro de 1929 - Santa Rosa - Jaguarary
+ soldado Vitorino Baldoino Lopes
+ soldado João Felix de Souza
+ soldado desconhecido
+ cabo João S. da Silva
22 de dezembro de 1929 - Queimadas
+ anspeçada Justino Nonato da Silva
+ soldado Olympio Bispo de Oliveira
+ soldado Aristides Gabriel de Souza
+ soldado José Antônio do Nascimento
+ soldado Ignacio Oliveira
+ soldado José Antônio da Silva, (Que aparece também citado como Antônio José da Silva).
+ soldado Pedro Antônio da Silva
1930
1 de agosto de 1930 - Fazenda Lagoa dos Negros - Tucano
+ tenente Geminiano José dos Santos
+ sargento José de Miranda Mattos, (Que aparece também e erradamente citado como José Miranda Marques).
+ soldado Argemiro F. dos Reis, (Que aparece também citado como Francisco Almiro dos Reis e Aquino Francisco dos Reis).
+ soldado Arnaldo Claudio de Souza, (Que aparece também citado como Arnaldo Cândido de Souza).
+ soldado André Avelino de Souza, (Que aparece também citado como André Avelino dos Santos).
1931
30 de janeiro de 1931 - Brejo do Burgo
+ soldado desconhecido
3 de fevereiro de 1931 - Vassouras
+ soldado desconhecido
24 de abril de 1931 - Fazenda Touro - Paulo Afonso
+ sargento Leomelino Rocha
1932
15 de abril de 1932
+ soldado Odilon G. da Silva
1933
2 de outubro de 1933
+ soldado Pedro Emygdio de Oliveira (Ferido em tiroteio, trazido a Salvador, faleceu no Hospital da Força).
1934
21 de abril de 1934 - Paripiranga
+ soldado João Pereira de Souza
De uma maneira geral são estes os nomes e as datas. Caso haja outros dados referenciados, basta comunicar que serão inseridos.
Colhido no fértil Cangaço na Bahia
2 comentários:
Esse levantamento do Mestre Rubens Antonio é porreta demais!
Kiko, meu jovem, como tem passado? Há muito tempo não mando notícias, mas estou voltando a atividade!
Abração,
Felipe
Macaé/RJ
Gostaria de saber alguma informação dis dois soldados mortos por lampiao em Novo Amparo em 26 de fevereiro de 1929 atual Heliópolis minha cidade,ficaria muito grato
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