A Musa do Cangaço
Direção: José Umberto Dias
Brasil, 1982, 35mm, p&b, 18min.', documentário
Com boa qualidade de áudio e vídeo:
A visão interna do cangaço feita por Dadá, mulher de Corisco, sub-tenente do grupo de Lampião. Ela presta um depoimento sobre sua vivência entre os cabras de Lampião, o rei do cangaço, destacando a sua forma de organização como grupo, o modo de comportamento, a luta pela sobrevivência, os códigos de honra, as táticas de guerrilha aplicadas e os amores dos cangaceiros. O documentário se propõe revelar o papel da mulher e sua participação efetiva nesse fenômeno de luta armada no Nordeste brasileiro.
Parte 1
Parte 2
Créditos "do achado" Ivanildo Silveira.
Fonte: Virtual Luciana YouTube
4 comentários:
Grande Ivanildo, outra perola voce nos brinda, simplismente uma raridade, garimpe mais e nos brinde com novos achados, nota 1000por essa postagem.
Meus amigos Kiko e Ivanildo, eu não conhecia esta filmagem. Achei interessante a declaração de Dadá de que era agradável ficar nos coitos e ver os homens costurando. Confirma a tese de Frederico Pernambucano que muitos cangaceiros costuravam. Costuravam por necessidade ou por vaidade? Eu levanto a hipótese de eles inicialmente, costuravam por necessidade. Observando a habilidade e o interesse do Capitão na costura, nesse caso por vaidade em produzir uma peça mais elaborada, talvez alguns cangaceiros para imitarem o chefe, também poderiam ter desenvolvido esse habito. Assim como alguns passaram a usar óculos para ficarem igual a Lampião.
Pelo depoimento de Dada, parece que ela teria iniciado o trabalho de riscar o bordado num papel e passar para o bornal, ou mesmo seria ela a primeira a produzir um jogo de bornais com bordados.
Bacana a filmagem.
Parabéns pelo trabalho dessa dupla incansável.
C Eduardo.
Grande Ivanildo, faltou a minha assinatura na postagem anterior. Você nos brindou com essa raridade; garimpe mais e... nota 1000 do seu amigo Aderbal Nogueira.
GRANDES AMIGOS CARLOS EDUARDO E ADERBAL:
Rodei uns dois anos atrás desse "FILME RARIDADE", mas, finalmente, ele veio a público para conhecimento dos estudiosos do cangaço.
Nele, a cangaceira DADÁ narra muitos fatos importantes, inclusive, aparece nas filmagens, "UM PEQUENO CAIXÃO" (algo em torno de 80 centímentos), onde fizeram o enterro dos ossos de CORISCO, (cabeça,braço direito, e o restante dos ossos que DADÁ recolheu no cemitério de Miguel Calmon/BA ).
No enterro dos ossos de CORISCO, no Cemitério Quinta dos Lázaros/Salvador,(veja no vídeo), ainda aparecem nas imagens, o grande casal de escritores baianos:
JORGE AMADO E ZÉLIA GATTAI, cabendo ao primeiro, mandar confeccionar o pequeno caixão, ante a afinidade que tinha com a cangaceira.
As observações do mestre EDUARDO, no meu entendimento, tem procedência. Em face da grande ociosidade existente em alguns coitos, muitos cangaceiros se dedicavam, a cuidar de suas roupas, rasgadas pela vegetação da caatinga e dos combates, havendo muitos deles que chegavam a costurar, principalmente aqueles que não tinham companheira.
Lampião servia de "MODA" para todos os cangaceiros copiarem, uso de: ( óculos; cabelos longos, costurar,trajes,..etc) Um abraço a todos.
IVANILDO ALVES SILVEIRA
Colecionador do cangaço
Membro da SBEC
Natal/RN
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