sábado, 21 de fevereiro de 2009

Recesso


Bom Carnaval para todos!


IN: culturadigital.br
Por falar nisso, dentre os mais de 300 registros musicais que homenageiam o Cangaço encontrei a obra de Lourival Oliveira:

Paraibano de Patos, nascido em junho de 1918, é autor de alguns dos mais memoráveis frevos-de-rua da história deste gênero musical. Foi aluno do grande Levino Ferreira (apenas coincidência,trata-se de outro Levino) de quem aprendeu além da teoria, o dom de criar belas melodias para seus frevos.

Foi clarinetista da Orquestra da Banda Militar de Pernambuco, no final da década de 30. Contratado pela Rádio Clube, foi clarinetista, saxofonista e arranjador da orquestra deste emissora.

Teve uma passagem de poucos anos no Rio, onde tocou com a orquestra o Cassino Copacabana, teve frevos gravados pela orquestra do Maestro Peruzzi e a Tabajara de Severino Araújo.

De volta ao Recife, passou a integrar a Orquestra Sinfônica do Recife, dirigida então pelo maestro Vicente Fittipaldi. Até falecer, em junho de 2000, foi um dos mais atuantes músicos, maestros e compositores do Recife.

Mas o que este artigo tem haver com o tema em questão?

É antológica sua série de frevos-de-rua que têm nomes de cangaceiros de Lampião por título (inclusive o próprio Lampião é também um frevo seu, gravada por outras orquestras). Um destes, intitulado "Cocada" é um clássico obrigatório em qualquer orquestra de frevo.



'Os Cabras de Lampião no Frevo', uma verdadeira obra-prima do fantástico clarinetista e compositor, são feitas homenagens a todo o bando do temido cangaceiro. O frevo é misturado com maestria ao xaxado, já que se sabe que era um ritmo que os cangaceiros adoravam dançar em suas festas.

Desafios para os músicos é o que não falta nesse trabalho.

Cocada
Corisco
Jararaca
Lampião
Maria Bonita
Moitinha
Pilão deitado
Ponto fino
Sabino
Ventania
Volta seca e Zabelê.

Um comentário:

  1. Sem dúvida um grande compositor de frevo-de-rua. Quando era menino , sempre ao meio-dia no final da década de 60 (1960), a Rádio Clube de Pernambuco tocava um frevo-de-rua: Cocada, pilão deitado, corisco, Maria bonita, lampião aceso etc, os meninos da minha pulavam o frevo quando tocava. Saudades da infância e de um tempo que não volta mais.

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