Uma questão que se elevou é em relação às cores das vestes dos cangaceiros.
Por: Rubens Antonio
Sobre as cores das vestes dos cangaceiros afirmou-se muito pelo kaki e muito pelo azul.
Um mergulho na documentação da época, aponta, finalmente, uma luz para o caso, sendo este o estado atual do conhecimento documental da época. Ambas cores foram usadas, conforme as conveniências e necessidades.
Os registros da década de 1920, em fases de caatinga predominantes, seguem este padrão:
Já um registro de um momento da década de 1930, quando o grupo estava acoitado nas matas de Sergipe e Alagoas, surge este registro:
As antigas vestes dos cangaceiros, em suas fases baianas, foram guardadas pelos auxiliares do professor Estácio de Lima, quando das suas prisões, no final da década de 1930 e início de 1940.
Mais tarde, estiveram expostas no Museu Estácio de Lima, no Instituto Lima Rodrigues.
O professor Lamartine de Andrade Lima, testemunha que eram todas bege - kaki.
O que parece ser a melhor referência a ser seguida, neste momento, é que
- para os momentos e as ações nas áreas de caatinga, o kaki era o registro dominante.
- para os momentos vividos em Alagoas e Sergipe, quando em matas de outras características, o azul emergiu como opção mais camufladora, muitas vezes superando o antigo padrão.
- para os momentos das ações na Bahia, predominantemente em áreas de caatinga, sempre o kaki permaneceu como o registro dominante, mesmo nos estertores com Cangaço.
E esta adaptação às matas de Sergipe e Alagoas, profundamente diferentes da caatinga do Raso da Catharina, também passou a ser seguida pelas volantes. Em jornal de 1933:
Pescado no Açude do cumpadi Rubi
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