Amor e renuncia: A presença da mulher no cangaço
Por Juliana Almeida
Este documentário foi o meu projeto de conclusão de curso em Jornalismo na Universidade Tiradentes. Explico logo abaixo como ele foi produzido:
Inicialmente foi realizado um levantamento de dados sobre a participação da mulher no cangaço, através de sites especializados, monografias e livros consultados na biblioteca da Universidade Federal de Sergipe e na biblioteca da Universidade Tiradentes. Após essa análise inicial do material disponível, foi possível reunir informações para aprofundar a discussão com pesquisadores sobre e cangaço e jornalistas, durante a realização da I Semana do Cangaço, realizada de 4 a 6 de junho de 2008, no Centro de Criatividade, em Aracaju.
Durante a Semana do Cangaço, foi possível fazer as entrevistas que compõe esse trabalho e ampliar as referências para a consulta de mais dados e depoimentos sobre a participação da mulher no cangaço, como a aquisição de documentários de vídeo e bibliografia específica sobre o tema proposto.
Com acesso a todo o material, a fase seguinte foi decupar as entrevistas gravadas e reunir as informações presentes neste memorial descritivo nos capítulos que tratam do fenômeno do cangaço no nordeste e a mulher no cangaço. É importante ressaltar que a qualidade de algumas entrevistas não está tão boa, mas elas foram imprescindíveis para a composição do documentário.
O documentário radiofônico foi elaborado a partir do roteiro estruturado para mostrar a influência e participação da mulher no cangaço sob diversos aspectos, sempre primando pela objetividade jornalística e coesão entre os fatos. O documentário traz elementos da literatura de cordel, trilha sonora específica, narração em off e entrevistas. O tempo de duração do documentário ficou em 17 minutos e 58 segundos e será veiculado em emissoras educativas que tenham interesse no resgate da memória de elementos da cultura nordestina
O documentário “Amor e renúncia: a presença da mulher no cangaço” traz as seguintes entrevistas:
· Ariano Suassuna (Escritor)
· Maria do Rosário Caetano (Jornalista e escritora)
· Luiz Antônio Barreto (jornalista, escritor e pesquisador)
· Jovenildo Pinheiro de Souza (professor da UFPE e pesquisador do cangaço)
· Vera Ferreira (Jornalista neta de Lampião e Maria Bonita)
· Expedita Ferreira (Filha de Lampião e Maria Bonita)
O documentário ainda traz os seguintes depoimentos extraídos do vídeo-documentário ’Mulheres Cangaceiras’ produzido e exibido pela TV SENAC, 1997:
· Antônio Amaury Corrêa de Araújo (pesquisador do cangaço e escritor)
· Ilda Ribeiro de Souza (Sila) – ex-cangaceira e mulher de Zé Sereno
A estrutura do documentário traz versos da literatura de cordel, de autoria de Franka e do jornalista Márcio Santana no formato de Martelo Agalopado, que são utilizados na abertura e encerramento e como ‘cortinas’ na separação dos assuntos abordados.
A trilha sonora contempla músicas típicas do nordeste, como o xaxado, na interpretação de Luiz Gonzaga e do ex-cangaceiro Volta Seca, além do grupo Anima.
Ouça o documentário Clique Aqui
Pescado em Audiografia
Parabéns pelo trabalho! Esclarece as condições sociais as mulheres que entraram no cangaço, suas contingências sociais, a vida no cangaço em depoimentos notáveis de estudiosos sobre a vida da mulher no cangaço.Mulheres guerreiras, molestadas pela sociedade e pela repressão ao cangaço inclusive dentro do próprio grupo, eram obrigadas a se submeterem ao sacrifício de doarem seus filhos para criação uma vez que eram perseguidas e o choro da criança poderia denunciar a localização dos cangaceiros.
ResponderExcluirGostaria de receber seu projeto para estudo. Sou aluna de Radio e TV da Faculdade Rio Branco em São Paulo e meu TCC é no gênero de documentário radiofônico. Por favor envie para o email: verajursys@gmail.com.
Obrigada.