A primeira obra em questão é:
Pág. 25: Sila diz que Zé Baiano a procurou, entretanto foi morto, e em seu lugar apareceu Zé Sereno. (motivo: Morte de Zé Baiano).
Pág. 26: Diz que não foi à festa (organizada pelos cangaceiros); Em outros livros diz que dançou a noite toda com Luiz Pedro. Em “Sila uma cangaceira de Lampião” diz que Zé Sereno foi seu “par inseparável” durante o baile.
Pág. 27: Conta episódio do encontro, onde caiu no riacho, ficou toda molhada. O encontro seria com Zé Sereno. Em “Sila no divã” conta o mesmo episódio sendo o personagem Zé Baiano (primeiro encontro).
Pág. 28: “[...] Respondi-lhe que só possuía vestidos na bagagem”; Sila em vários depoimentos, diz que foi (para o cangaço) somente com a roupa do corpo.
Pág. 29: “Sentia-me como em outro mundo. Triste, isolada de minha família, desiludida e amedrontada, por não conhecer toda aquela gente estranha...”
Pág. 30: “[...] Mulheres, apenas duas: Nenen e eu. Novo Tempo, Mergulhão, Marinheiro eram os três novos cangaceiros”. (Nenen morreu logo nos primeiros dias, seus irmãos só entrariam depois).
Pág. 38: Repete a informação acima (Desta vez em um encontro na casa de um coiteiro).
Pág.53: “[...] No meio dos cangaceiros passaram a me chamar Maria Bonita”. Palavras de Maria Bonita para Sila, segundo ela.
Pág. 54: Diz que o grupo estava constituído de cinco pessoas.
Pág. 60: Ainda contando a mesma história diz que o grupo era constituído de 10 pessoas.
2ª Obra
Pág. 50: Amaury narra encontro de Sila com os cangaceiros: “Ocorreu o encontro com Zé Baiano, ele ficou de voltar para pegá-la, nesse ínterim foi morto em Alagadiço e Sereno voltou e pegou Sila” continua Amaury: “Poucos meses depois em fins de 1936 ou em janeiro de 1937 os irmãos de Sila resolveram entrar no grupo de cangaceiros”.
Pág. 107: “A escuridão da noite envolvia as duas; [...] Somente se avistava pontos vermelhos de cigarro que as duas fumavam”. “Já seriam mais de 21h00min horas quando foram dormir”
Pág. 108: “[...] Sila corria junto com Candeeiro”. “[...] a mulher de Cajazeira, Enedina, juntou-se ao grupo que fugia”
3ª Obra
Pág. 16: Surge uma terceira data dita por Sila, em entrevista: “em 1927, aos seis anos”. Então aí teria nascido em 1921?
Pág. 23: Diz ter apenas dez anos quando o pai morreu.
Pág. 35: “[...] aos treze anos, Sila conhece as primeiras emoções”; Diz Sila: “Era bastante desenvolvida para minha idade; mas o olho de meu pai estava presente em todos os lugares”. (O pai não teria morrido quando ela tinha dez anos?)
Pág. 36: “[...] Aos doze anos de idade ouvi falar do cangaço. meu pai temia os cangaceiros, uma vez informado que o bando estava próximo de Poço Redondo, escondeu todos os filhos, protegendo-nos contra qualquer perigo”.
Pág. 93: “Ninguém roubava, pedia. Ninguém entrava na casa dos outros para roubar”. “Eu pessoalmente ajudei muitos pobres”.
Pág. 97: “Candeeiro pedia-me para não deixá-lo ali. baleado na perna o cangaceiro implorava ajuda”.
4ª Obra
Pág. 20: diz que Zé Sereno voltou no dia seguinte. (em outros livros diz cerca de um mês) revela o motivo de Zé Baiano não levá-la e sim Zé Sereno; foi um desentendimento entre os dois. (Em outros livros diz que nunca soube o motivo).
Pág. 24: Deixa evidente que os irmãos não a acompanharam de imediato.
Pág. 29: “Eu não tinha nenhuma notícia dos meus familiares” (em outros livros também diz que os irmãos estavam com ela?) “[...] Íamos para Poço Redondo e encontramos meus irmãos. Eles disseram a José que estavam sendo perseguidos pelos soldados desde que eu entrara no bando” José respondeu: “Se vocês quiserem entrar para o cangaço, entrem”.
Pág. 30: “Lampião dirigiu-se a eles e disse: Du fica sendo chamado de Novo Tempo, Gumercindo de Mergulhão e Antônio de Marinheiro”. “Fiquei muito satisfeita de agora em diante ter meus irmãos junto de mim”.
Pág. 33: “Zé Rufino da polícia sergipana”.
Pág. 50: "Sila diz que Zé Sereno acabara de conhecer Pedro de Cândido e na mesma página diz que Zé Sereno “não gostava daquele coiteiro”.
Pág. 51: "Pedro de Cândido voltou ao coito dia 16 de julho (deve ser erro de impressão)"
Pág. 52: Repete a história da luz
Pág. 57: “Foi lido um ofício do presidente Getúlio Vargas declarando anistia a todos os cangaceiros que se entregassem (na cidade de Jeremoabo)”.
Pág. 59: Repete hist. Ofício de anistia.
Pág. 89: “Fomos lançar no Juazeiro do padre Cícero, lugar que Lampião tantas vezes andou”.
5ª Obra
Pág. 21: “Aos nove anos perdi meu pai” (também diz que perdeu aos10, aos 9 e aos 13 ainda estava vivo)
Pág. 27: “Zé Sereno meu par inseparável” (no baile de despedida). Em outras obras diz ser Luiz Pedro).
Pág. 28: Diz que seus irmãos a acompanharam desde o primeiro dia. (Em outras obras: dias depois ou meses depois)
Pág. 36: Tenente Zé Rufino da polícia de “Sergipe”.
Pag. 42: Em conversa com Maria Bonita ela teria dito se chamar Maria Déa; Quando entrou no grupo passou a ser chamada Maria Bonita. Reunião com chefes de grupo com a presença de Zé Sereno e Zé Baiano em novembro de 1936, Zé Baiano foi assassinado no dia 07 de julho de 1936.
Pág. 43: O coronel Nogueira queria se apossar das terras de Zé Ferreira, daí Virgolino entrou no cangaço.
Pág. 57: “Lampião invade Nazaré e queima as casas dos Nogueira”
Pág. 59: “[...] A polícia cercou a casa do pai (Zé Ferreira) juntamente com Zé Saturnino, a mãe de Virgolino não suporta e morre do coração”.
Pág. 64: “Após a morte de Lampião os companheiros sobreviventes escolheram Zé Sereno para comandante”
Pág. 70: “[...] Botei o fuzil no ombro, cartucheira entupida de balas e toquei...” (arma grande)
Pág. 73: “[...] Descansei o fuzil no meu colo...”
Pág. 75: “[...] Dei um salto e arrebentei a coronha do mosquetão na cabeça do soldado”.
Pág. 76: “costumeiramente passavam alguns dias conosco, Luiz Pedro, Nenen e Zé Baiano”. (Neném não morreu nos primeiros dias?) Morto Lampião, Zé Sereno assume o comando de "200 homens", inclusive Corisco e Dadá, “apesar de estarem afastados de Lampião por divergências”.???
Pág. 77: Sila Identifica amiga Adília como Enedina.
Pág. 80: Confessa ter presenciado a execução
Pág. 96: “[...] O sol desbancava no horizonte quando Maria Bonita me chamou para trocarmos dois dedos de prosa...”
Pág. 98: “[...] Caminhei em direção a tolda, vi novamente a mesma luz...” “[...] Se eu lhe houvesse falado sobre aquela luzinha, tudo teria sido diferente”.
“Um primeiro tiro ecoou matando um companheiro”.
“Segurei na mão de Enedina e arrastei para o meu lado”.
“[...] Candeeiro baleado na perna, pedir-me que não o deixasse ali, o cangaceiro implorava ajuda”.
Pág. 102: Entregas: Dulce, Adília e eu permanecemos em Jeremoabo. (Adília dizia ter se entregado em Propriá-SE).
Pág. 118: Em entrevista perguntou ao irmão João Paulo: “Você ficou triste quando Marinheiro, Novo Tempo e Mergulhão saíram para nossa companhia?
Ângelo Osmiro
Presidente do GECC, Sócio da SBEC
Conselheiro Cariri Cangaço
*Obrigado ao confrade Ivanildo Silveira pela cortesia das Capas solicitadas.
Olá pessoal.
ResponderExcluirSila participou do cangaço pouco mais de ano e meio.Então, é claro que ela tem certa importância para a história do cangaço. O grande problema, é que Sila, como outros sobreviventes do cangaço, cansou de dar informações infundadas, demonstrando não ter muito compromisso com a verdade.Angelo Osmirio faz um verdadeiro levantamento sobre as declarações erroneas da ex cangaceira.
Parabéns Angelo.
Um abraço a todos.
José Sabino
Por que há contradições nos levantamentos feitos pela cangaceira Sila? Podemos dizer que Sila omitiu algo em relação ao grupo de cangaceiros que foram mortos na grota de Angicos? Por que Sila mentiu?
ResponderExcluirGostaria se possível que algum estudioso do cangaço me tirasse essas dúvidas. Aguardo respostas.
Cordiais saudações,
Lima Júnior