Pesquisa de Rostand Medeiros (Foto)
O nobre leitor que parou para ler estas tortas linhas dedicadas a comentar o interesse e a produção científica nas academias sobre o tema cangaço, pode até imaginar que por ser um tema rico, vasto, interessante, certamente devem sobrar teses de mestrado e doutorado com temas centrais focados em “cangaceiros”, “cangaço”, “Lampião”, etc.
Bom, é engano.
Segundo o link abaixo, Prorma de pós graduação em História da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco, durante os anos de 1977 a 2003, foram apresentadas apenas cinco teses de Mestrado e nenhuma de Doutorado.
Mestrado
1994 - Sousa, Jovenildo Pinheiro de. Sertão Sangrento Luta e Resistência. Recife, 1994, Mestrado em História UFPE-CFCH, 01 exemplar. Orientadora; Prof. Da. . Maria do Socorro Ferraz Barbosa.
1997 - Dias, Alexandre Alves. Facinororos do Sertão: A Desagregação da Ordem no Sertão Nordestino na Transição da Colônia até a Independência (1808-1822). Recife, 1997, Mestrado em História UFPE-CFCH, 02 exemplares. Orientadora: Prof.. Dr. Maria do Socorro Ferraz Babosa.
1999 - Mariano, Serioja Rodrigues Cordeiro. Signo em Confronto: O Arcaico e o Moderno na Princesa (PB) dos Anos Vinte. Recife, 1999, Mestrado em História UFPE-CFCH, 02 exemplares Orientador: Prof. Dr. Antonio Paulo de Moraes Rezende.
2000 - Pereira, Auricélia Lopes. O Rei do Cangaço e os Vários Lampiões. Recife, 2000, Mestrado em História UFPE-CFCH, 02 exemplares. Orientador: Prof. Dr. Durval Muniz de Albuquerque Júnior.
2002 - Monteiro, Francisco Roberto Pedrosa. O Outro Lado do Cangaço: As Forças Volantes em Pernambuco, 1922-1938. Recife, 2002, Mestrado em História UFPE-CFCH, 02 exemplares. Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Cunha Miranda.
Aí o nobre leitor pode dizer “- Mas de 2003 até hoje são sete anos”. Concordo, só não vi os anos posteriores, pois não foram divulgados. Mas vendo no mesmo site, o resumo da produção académica de 2008, não temos nada que tragam em seus títulos as palavras “cangaço”, “cangaceiros”, “Lampião” ou coisas do gênero.
Estamos falando de Pernambuco, a terra do “hômi”. Não sei nos outros estados do Nordeste por onde Lampião andou a quantas anda a produção acadêmica, sobre o tema. Posso falar aqui pela UFRN, onde fui aluno de história. Segue na mesma balada.
Vai ver que em São Paulo, na USP, a situação é melhor. Sinceramente, espero que alguém me conteste e espero de verdade está completamente errado.
Um abraço.
Rostand Medeiros
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