segunda-feira, 15 de março de 2010

Videoteca básica

Memória do Cangaço, 1964 

Categorias Curta-metragem / Sonoro / Não ficção
Gênero:
Documentário sociológico
Material original:
35mm, BP, 26min, 24q
País:
Brasil

Direção:
Paulo Gil Soares
Assistência de direção:
Terezinha Muniz
Direção de fotografia:
Affonso Beato
Câmera:
Affonso Beato
Fotografia de cena:
Dolly Pussi
Montagem:
João Ramiro Melo
Intérprete:
João Santana Sobrinho, José Canáro
Canção:
Dois Irmãos
Autor da canção:
Armindo de Oliveira
Conjunto e banda:
Banda da Polícia Militar do Estado da Bahia
Produção:
Divisão Cultural do Itamarati; Departamento de Cinema do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Produção:
Thomaz Farkas
Produção executiva:
Edgardo Pallero
Distribuição:
Thomaz Farkas Filmes Culturais

Identidades/elenco:

Paulo Gil Soares
Narrador
Gregório Estácio de Lima
José Rufino
Cabo Leonício Pereira
Cabo Benevides
Cabo Antônio Isidoro
Ângelo Roque
"Labareda"
Benício Alves dos Santos
"Saracura"
Sérgia Ribeiro da Silva
"Dadá"

Sinopse:
Mostra as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939, com entrevistas de alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Entre os entrevistados, o prof. Estácio de Lima, Catedrático de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia (onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros), que apresenta a sua teoria da origem dos cangaceiros ligada à predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatores morfológicos tipicamente caraterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações, a entrevista com o vaqueiro Sr. Gregório expõe a vida do sertanejo como sendo a mesma dos seus antepassados, ou seja, marcada pelo abandonado, exploração e rebeldia. É apresentado o cel. José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 20 cangaceiros, cuja história é mostrada entremeada pelas sequências autênticas de filmes realizados em 1936 por Benjamin Abrahão, um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgolino Ferreira da Silva, o "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o cel. Rufino apresenta também ex-cangaceiros e ex-perseguidores que contam suas histórias, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fossem tiradas fotografias". (Baseado no press-release).

OBS:
Os senhores Ângelo Roque, e Benício Alves dos Santos, foram, respectivamente, os antigos cangaceiros Labareda e Saracura.
CCBB/Caravana Farkas indica assistente de montagem: Amauri Alves, e Terezinha Muniz.
CB/Transcrição de letreiros apresenta, nos letreiros iniciais, o seguinte trecho: "Um filme pesquisa, apresentando trechos do documentário sobre cangaceiros feito em 1936 pelo mascate Abraão Benjamin, fotografias e versos de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, e gravuras populares da literatura de cordel".
Sérgia Ribeiro da Silva é o nome de Dadá, ex-mulher do famoso cangaceiro Corisco.

Prêmios:
Prêmio Gaivota de Ouro obtido no Festival Internacional do Filme, 1965, RJ.. Prêmio Menção Honrosa Governador do Estado, 1965, SP.. Prêmio paralelo, não oficial, Prêmio Robert Flaherty (da União Mundial dos Museus de Cinema).. Prêmio Dziga Vertov da União Mundial de Cinematecas, 1965, Brasília - DF.. Prêmio da Crítica Internacional do Festival Cinematográfico, 1966, Tours - FR.. Rassegna Del Film Etnográfico e Sociológico, 7 no Festival de Popoli, 1966, Florença - IT.. Premiado no Festival de Berlim, 16, 1966 - DE.






Créditos: Canal do Chico Marques

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