Escondendo os rastros
Em matéria de táticas de guerrilhas e despistamento da polícia, Lampião foi considerado um bandido, com inteligência, acima da média, segundo comentam a maioria dos pesquisadores, estudiosos do tema Cangaço.
Com a intenção de dificultar o trabalho dos rastejadores das volantes, os cangaceiros empregavam variadas técnicas de escondendo ou confundindo os perseguidores. Vejamos algumas delas:
1) - Andar com alpercatas "peludas" ou forradas com estopa, para não deixar rastros;
2) - Inverter a posição do salto das alpercatas, colocando-o na parte do bico, para esconder a direção tomada pelo bando;
3) - Pisar nos mesmos locais dos que lhes precediam no caminho do bando, fazendo parecer o andar de um só homem;
4)- Apagar rastros com galhos folhudos, amarrando aos rabos dos animais de coice;
5)- Varrer o chão com vassoura de galhos folhudos, trabalho feito por cangaceiros caminhando atrás do bando;
6)- Andar de costas na saída das " bebidas", em terra molhada;
7)- Marginar caminhos, andando no chão duro ou sobre pedras;
8)- Andar por cima de cercas de pedras, bem como, pisando em lajedos;
9) - Utilizar a técnica do "pulo", com os cangaceiros pulando fora da fila, restando apenas um no caminho, que ia apagando os rastros;
10)- "Braiar rastro", ou seja, embaralhar os rastros, para deixar várias e diferentes pistas de caminhada;
11)- Percorrer trechos de riachos, dentro da água corrente;
Quando os cangaceiros encontravam água potável, depois de encherem as vasilhas, colocavam-se em posição especial na terra molhada para dissimular os rastros ao se retirarem de costas até a estrada ou vereda viajando assim, por mais de um quilômetro {BEZERRA, (1940) 1983: 225}
Colaboração: Ivanildo Silveira
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