Resumo biográfico
Este panfleto foi distribuído aos participantes do 1º Cariri Cangaço pela amiga Professora Diana Lopes coordenadora e coreógrafa do Grupo de Xaxado Luiz Pedro da cidade de Triunfo/PE. Cliquem para ampliar e conhecerem os históricos do grupo e de seu homenageado, confiram os contatos para apresentações.
Acho curioso este sobrenome CORDEIRO referido na reportagem, quando toda a família do cangaceiro - da qual conheço alguns membros - assinam como 'PEDRO DE SIQUEIRA'.
ResponderExcluirTal seja: Antônio PEDRO DE SIQUEIRA, Joaquim PEDRO DE SIQUEIRA, José PEDRO DE SIQUEIRA...etc.
Em uma destas visitas o confrade Rostand foi comigo e deve ter percebido essa repetição onomástica.
Me estranha o 'Cordeiro'...
Abraço
Sérgio.'.
...Luiz Pedro Cordeiro era seu nome de batismo, ou Luiz Pedro da Canabrava. Era um dos maiores astros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia. Não aceitou a retirada do seu nome, pois queria que a sua origem continuasse. Era Pernambuco. lá da cidade de Triunfo. E dizem os historiadores que desta comunidade saíram muitos cangaceiros que ganharam fama, só perdendo para Poço Redondo, que segundo o escritor Alcindo Alves Costa, em: “Lampião Além da Versão – Mentiras e...”, foram mais de trinta jovens que participaram do banditismo do nordeste brasileiro, entre homens e mulheres. Mas lá de Triunfo, muitos cangaceiros não participaram da fama.
ResponderExcluirLuiz Pedro ganhou posição no cangaço, fazendo parte do comando maior de Lampião. Apesar de ser calmo, mas era valente e homem de confiança de Lampião. e confiado de Lampião.
Nenhum cangaceiro foi tão fiel a Lampião quanto Luiz Pedro. Compadre e irmão do rei do cangaço e da rainha do cangaço. Apesar de ter assassinado por acidente, o Antonio Ferreira, irmão de Lampião, e muito prosar com Maria Bonita, tinha um respeito pessoal e consideração ao casal. A amizade de Luiz Pedro com o casal era mútua.
Pelo seu comportamento calmo, ganhara dos companheiros, carinhosamente, o apelido de príncipe do cangaço.
Era um cangaceiro bastante rico. Era tão rico, que quando o policial Mané Véio o assassinou, segundo ele, lá na Grota de Angico, saqueou toda sua riqueza, levando consigo: jóias, prata, ouro, dinheiro etc. E com o saque do cangaceiro, Mané Véio se tornou o policial mais rico de Santa Brígida, lá no Estado na Bahia.
Assim que ele assassinou o grande astro da Empresa Lampiônica & Cia., temendo que os companheiros chegassem ao local e invadissem as riquezas do assecla, uma vez que naquele momento o verdadeiro dono daquela fortuna era ele por tê-lo assassinado, e como era mais difícil tirar os ricos anéis dos dedos, fez a separação das munhecas e as colocou no seu bornal. Ao terminar, apanhou os lenços, jabiracas e os enfiou em uma sacola. Em seguida, foi aos bolsos e bornais do bandido, e lá estava as maiores riquezas do cangaceiro Luiz Pedro. Uma enorme quantidade de dinheiro, e ao seu lado, uma lata vomitando ouro e prata.
Como as munhecas de Luis Pedro foram cortadas por Mané Véio, as levou em sua companhia para retirar os anéis em casa. E assim que chegou cuidadosamente os retirou.
As munhecas foram enterradas no oitão da igreja de Piranhas.
José Mendes Pereira – Mossoró-Rn.
Fonte de Pesquisa: Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos – Alcindo Alves da Costa