terça-feira, 30 de junho de 2009

Cordel Sergipano

“GLÓRIA” Cantada em versos.

Um trabalho do meu conterrâneo de Estado, o poeta Jorge Henrique, vamos conhece-lo?

Nascido em Nossa Senhora da Glória-SE-Brasil. Licenciou-se em Letras pela Universidade Federal de Sergipe-2001. Especializou-se em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (Lato sensu) pelo IBEPEX/FACINTER-2004. 

Funcionário público, professor de Língua portuguesa e Literatura Brasileira, desde 1989. Premiado em alguns concursos em Sergipe e Alagoas. Livros publicados (poesia): • Mutante in Sanidade. Cadernos Cultart de Cultura. Aracaju: UFS/PROEX, 2001. • Literatura de Cordel) “Glória” Cantada em Versos. Literatura de Cordel. Aracaju: Gráfica J. Andrade, 2008. Conto publicado: • Antologia de Contos: Autores contemporâneos. Rio de Janeiro: CBJE, 2005. Poemas publicados: • II coletânea dos Contistas, Cronistas e Poetas do Milênio. Aracaju: Armazém Literário, 2002; • 13ª Coletânea Brasileira dos Jovens Escritores. Rio de Janeiro: CBJE, 2004. • 17ª e 18ª Coletâneas Brasileiras dos Jovens Escritores. Rio de Janeiro: CBJE, 2005. • 22ª Coletânea Brasileira dos Jovens Escritores. Rio de Janeiro: CBJE, 2006. • Antologia do PRÊMIO BANESE DE LITERATURA. Aracaju: BANESE, 2004.

Essa publicação é parte das ações do projeto de mesmo nome que aprovei junto ao Programa BNB de Cultura - 2008, no qual me propus escrever um livreto em homenagem aos 80 anos de Emancipação Política do Município de Nossa Senhora da Glória - Sergipe.
Além da publicação de 5.000 cordéis e da sua distribuição gratuita aos alunos de escolas públicas de minha cidade, a proposta consistiu também na oferta de uma Oficina de Literatura de Cordel a quarenta desses alunos.
 

O livreto, composto de 80 estrofes em septilhas, descreve a trajetória do município em questão e contém ilustrações, em xilogravura, do artista plástico sergipano Elias Santos. Teve ainda revisão poética de três experientes autores de Cordel: Luís Alves da Silva (Gauchinho), João Rubens A. Rolim (João Rolim) e Luiz Carlos Lemos (Compadre Lemos).

Trechos selecionados das páginas 12 e 13 que fazem alusão a passagem de Lampião por aquele município:

Embora não tenha sido
Muito longa essa gestão,
Foi no mesmo ano dela
Que se fez a invasão.


Quem participou da história
Não apaga da memória
O bando de Lampião.


Em abril daquele ano,
Bem no meio de uma feira,
Lampião entrou em Glória.


Essa história é verdadeira!
Teve gente, apavorada,
Fugindo bem apressada
Com medo da cabroeira.


Mas Capitão Virgolino
Não fez jus à sua fama
De alma torpe, perversa.


Não matou, não criou drama,
Pegou dinheiro e animais,
Tendo enchido os embornais,
Foi juntar-se à sua dama.


Os que viram até contam
Que ele aqui comprou fazenda,
Que deu moeda às crianças,
Até parece que é lenda!


Sua barba foi fazer
E, antes de anoitecer,
Partiu sem criar contenda.


Valdemar Bispo dos Santos,
O pai que meu pai amou,
Que era homem da volante
E nunca se amedrontou,


Foi em muita diligência,
Mas graças à Providência
Com Lampião não topou!

Um comentário:

  1. Jorge etá de parabéns uma grande história gostei muito e estou fazendo um trabalho sobre você

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