No Dia Internacional da Mulher, Maria Bonita, a companheira de Lampião, faria 99 anos, caso estivesse viva.
Por: Antonio Vicelmo, Repórter
Violência, sexualidade, trabalho, política, saúde e etnia. Estes serão os eixos temáticos a serem desenvolvidos amanhã, Dia Internacional da Mulher, pelo Conselho Municipal da Mulher Cratense, dentro da “Primeira Conferência de Formação em Gênero e Feminismo”, que será realizada no Parque de Exposições do Crato. A data também marca o centenário de nascimento de Maria Bonita, a companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião.
No Crato, a população feminina deverá marcar presença na programação que oferece uma passeata contra as demissões e reduções dos salários. Outro assunto a ser levantado pelo Conselho é uma campanha em favor da doação de medula. A plenária final será realizada no bar da “Casa de Artes Olhar”, na Praça da Sé, com uma atividade cultural.
Além destes temas, será prestada homenagem à cangaceira Maria Bonita, na passagem do seu centenário de nascimento. Ela nasceu no dia 8 de março de 1909. “Vamos falar da importância de uma mulher que rompeu todas as barreiras de preconceitos e entrou para a história do País”, justifica a professora Verônica Neuma Carvalho, coordenadora do movimento feminino.
Maria Bonita foi responsável por introduzir vários costumes no meio dos homens do Cangaço, já que a presença de mulheres no movimento era proibida até a entrada dela no grupo, segundo o escritor Magérbio Lucena, co autor do livro “Lampião e o Estado Maior do Cangaço”. “Ela foi um dos maiores expoentes da cultura nordestina”, atesta o pesquisador.
A cangaceira está sendo também homenageada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no I Seminário Internacional sobre o Centenário de Maria Bonita: a rainha do cangaço, promovido pela instituição, em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e a Secretaria Municipal de Turismo.
Maria Bonita foi responsável por introduzir vários costumes no meio dos homens do Cangaço, já que a presença de mulheres no movimento era proibida até a entrada dela no grupo, segundo o escritor Magérbio Lucena, co autor do livro “Lampião e o Estado Maior do Cangaço”. “Ela foi um dos maiores expoentes da cultura nordestina”, atesta o pesquisador.
A cangaceira está sendo também homenageada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no I Seminário Internacional sobre o Centenário de Maria Bonita: a rainha do cangaço, promovido pela instituição, em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e a Secretaria Municipal de Turismo.
O evento termina amanhã no auditório do Departamento de Educação (DEDC), do Campus VIII da Uneb, e vai contar a história de vida de quem popularmente foi conhecida como Maria Bonita, a companheira de Lampião. Uma das atrações é a presença dos ex-cangaceiros Teófilo Pires e Aristéia Soares, além de Neli Conceição e João Souto, filhos dos cangaceiros Moreno e Durvinha.
“O seminário integra a comemoração do centenário de Maria Bonita e, para tanto, queremos estudar o papel da mulher no Cangaço, a partir do que foi a sua vida de liderança e companheirismo, ao lado do cangaceiro Lampião”, destaca Juracy Marques, coordenador da iniciativa.Para Juracy, não por acaso, Maria Bonita nasceu no Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março. “Vamos encerrar o evento comemorando o dia em que o povo sertanejo, em especial, comemora os 100 anos dela”, complementa.
Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, foi a primeira mulher a aparecer no cenário do Cangaço, revolucionando a sua época (século XX) e introduzindo vários costumes no meio de homens guerreiros que até então não permitiam mulheres entre os seus pares. Nascida em 8 de março de 1911, em uma fazenda na Malhada da Caiçara, na Bahia, casou-se aos 15 anos com um sapateiro, com quem vivia brigando.
Durante uma das separações de seu marido, Maria Bonita conheceu Lampião e apaixonou-se. O rei do Cangaço, nesta época, tinha quase 33 anos e Maria, pouco mais de 20.
“O seminário integra a comemoração do centenário de Maria Bonita e, para tanto, queremos estudar o papel da mulher no Cangaço, a partir do que foi a sua vida de liderança e companheirismo, ao lado do cangaceiro Lampião”, destaca Juracy Marques, coordenador da iniciativa.Para Juracy, não por acaso, Maria Bonita nasceu no Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março. “Vamos encerrar o evento comemorando o dia em que o povo sertanejo, em especial, comemora os 100 anos dela”, complementa.
Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, foi a primeira mulher a aparecer no cenário do Cangaço, revolucionando a sua época (século XX) e introduzindo vários costumes no meio de homens guerreiros que até então não permitiam mulheres entre os seus pares. Nascida em 8 de março de 1911, em uma fazenda na Malhada da Caiçara, na Bahia, casou-se aos 15 anos com um sapateiro, com quem vivia brigando.
Durante uma das separações de seu marido, Maria Bonita conheceu Lampião e apaixonou-se. O rei do Cangaço, nesta época, tinha quase 33 anos e Maria, pouco mais de 20.
Musa e rainha
Maria Bonita entrou para o bando ao final de 1930 e tornou-se musa e rainha do Cangaço, ocupando-se, entre outras coisas, de costurar a indumentária dos cangaceiros. Depois dela, os outros do grupo também trouxeram suas companheiras para fazerem parte do bando. Em alguns momentos, a intervenção de Maria Bonita impediu vários atos de crueldade de Lampião.
Os historiadores afirmam que a presença das mulheres no Cangaço humanizou uma das mais violentas fases da história nordestina, com prática, inclusive, de estupros. Maria Bonita era a musa e a rainha do Cangaço e serviu de referência para um grupo de mulheres que passaram a fazer parte do bando, modificando a forma de atuação junto aos grupos considerados inimigos. Dizem que elas participavam de todas as atividades, inclusive dos combates.
Os historiadores afirmam que a presença das mulheres no Cangaço humanizou uma das mais violentas fases da história nordestina, com prática, inclusive, de estupros. Maria Bonita era a musa e a rainha do Cangaço e serviu de referência para um grupo de mulheres que passaram a fazer parte do bando, modificando a forma de atuação junto aos grupos considerados inimigos. Dizem que elas participavam de todas as atividades, inclusive dos combates.
Fique por dentro
Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião e teve uma filha, Expedita. Como seguidora do bando, Maria foi ferida algumas vezes, em 28 de julho de 1938, na Fazenda Angicos, Estado de Sergipe, durante um ataque feito pela Polícia ao bando. Ali, morreu o casal. Eles foram brutalmente assassinados, transformando suas vidas em um marco da história nordestina. Além dela, outras mulheres também se destacaram no Cangaço: Dadá, esposa de Corisco; Lídia, mulher de Zé Baiano; e outra Maria, mulher de Pancada...
Maria Bonita conviveu durante oito anos com Lampião e teve uma filha, Expedita. Como seguidora do bando, Maria foi ferida algumas vezes, em 28 de julho de 1938, na Fazenda Angicos, Estado de Sergipe, durante um ataque feito pela Polícia ao bando. Ali, morreu o casal. Eles foram brutalmente assassinados, transformando suas vidas em um marco da história nordestina. Além dela, outras mulheres também se destacaram no Cangaço: Dadá, esposa de Corisco; Lídia, mulher de Zé Baiano; e outra Maria, mulher de Pancada...
Fonte: Diário do Nordeste
Sugestão da matéria: Jailson Gomes / Jaboatão dos Guararapes / PE
Maria Gomes de Oliveira, apelidada: Maria Déia, no cangaço, Maria Bonita, ou rainha do cangaço. Foi a primeira mulher a participar do cangaço, entrando em 1930, acompanhando o mais temível e sanguinário, o Lampião. Ou ainda o patenteado capitão Lampião. Ela nasceu em oito de março de 1911 (Dia Internacional da Mulher), na fazenda Santa Brígida, localizada no Estado da Bahia. Era filha de José Felipe de Oliveira e Maria Joaquina Déia. Tinha os seguintes irmãos: José, Ozeas, Izaías, Arlindo (este último faleceu há dois anos em São Paulo), Ananias (segundo familiares, Arlindo era gêmeo com Ananias, este outro também faleceu no dia 22 de setembro de 2009, aos 79 anos, em São Paulo). As mulheres eram: Benedita, Antonia, Dorzina, Chiquinha, Nana, Dondon e Deusinha. (Esta irmandade de Maria Bonita, eu não encontrei os seus nomes de batismo). Aos 15 anos de idade, Maria Bonita tornou-se esposa do sapateiro José Miguel da Silva, o Zé de Neném, e jamais ela teve paz. E durante suas separações, o que sempre acontecia, Maria Bonita procurava os carinhos da mãe. Certo dia foi apresentada pelos pais, ao afamado Lampião, que ao vê-lo, apaixonou-se. Tempo depois, Lampião voltou à sua casa e a levou para viver em sua companhia. Diz alguns pesquisadores do cangaço, que dona Joaquina Déia, a sua mãe, era uma verdadeira alcoviteira. Dona Maria Joaquina Déia, faleceu no ano de 1964, fora picada por uma cobra venenosa, e esta a levou à sepultura. E o pai, José Felipe de Oliveira, faleceu um ano depois, isto é, em 1965.
ResponderExcluirObservação: “Vale informar ao leitor, que a data do Dia Internacional da Mulher, não tem nenhuma ligação com o nascimento de Maria Bonita, o que muitos pensam que esta foi dedicada a ela.
O Dia Internacional da Mulher tem como origem, as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz", por melhores condições de vida e trabalho, e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. A ideia de celebrar um dia da mulher, já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, lutas das mulheres por melhores condições de vida e trabalho, e o direito de voto. Por tanto leitor, isto foi uma mera coincidência, o nascimento de Maria Bonita neste dia. No meu entender, jamais colocariam esta data como homenagem a uma mulher que se não fez perversaidade contra seres humanos, mas acompanhou os que faziam.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.