terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Traços da fera

A voz de Lampião

Por Antônio Corrêa Sobrinho

Sabemos que a voz e o modo como falamos é um dos grandes identificadores do ser humano, além de constituir um dos meios mais eficazes de comunicação. A voz é mais distintiva do que mesmo as impressões digitais, porque faz mais do que identificar, ela diz do nosso íntimo, como estamos passando, diz do nosso caráter, pois é um porta-voz, um instrumento de expressão da mente.



Lampião, não obstante as muitas pesquisas e biografias a seu respeito, informações sobre sua estatura, cor, cabelo, tipo físico, à farta para todos os gostos, jamais li algo sobre o tipo de sua voz, salvo e unicamente o contido na nota oficial do governo da Bahia, publicada em jornal em janeiro de 1929:

“O governo do Estado da Bahia oferece prêmio de 50 contos de réis à pessoa que conseguir capturar Lampião ou abatê-lo, devendo comunicar incontinente o fato à autoridade mais próxima. Sinais de Virgulino Ferreira: 28 anos, estatura média, cabra, voz afeminada, cogote raspado, óculos escuros, conversa galhofeira relatando sempre suas façanhas e nunca encobre a sua identidade”.

A voz de Lampião. Era fina, média, grave? Seu tom de voz era alto, médio, baixo? Seu falar era ligeiro ou lento, pausado ou corrido?

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