quarta-feira, 30 de maio de 2012

Livros novos e usados?

Foto: Joel Robinson in: Blog sem nome
Ôxe! procure o Professor Pereira!!!
Confiram o catálogo com novidades para o mês de Junho/2012. 

Compre via email ou telefone. Sempre lembrando que aqui são listados somente títulos do "Cangaço", se você também procura por Coronelismo; Messianismo: Canudos, Caldeirão. Por Padre Cícero; Luiz Gonzaga; Secas; Revolução de 30; História do nordeste... etc Basta solicitar uma cópia da listagem completa pelo franpelima@bol.com.br.

  AUTOR                              TÍTULO                   VALOR/OBS

  1. Abelardo F. Montenegro Fanáticos e Cangaceiros 2011 (Clássico) Lanç. 2ª Ed. /50,00 Novo
  2. Alcino Alves Costa Lampião Em Sergipe 2011 298 pág. /50,00 Novo
  3. Alcino Alves Costa Lampião Além da Versão, Mentiras e Mistérios de Angicos 2011 3ª Ed. 410 pág. /40,00 Novo (Com frete incluso)
  4. Alcino Alves Costa O Sertão de Lampião /45,00 Novo
  5. Alcino Alves Costa Poço Redondo – A Saga de Um Povo 349 pág. /45,00 Novo
  6. Alfredo Ricardo do Nascimento    Memórias de Zé do Norte /40,00 Bom Estado
  7. Ana Cláudia Marques e outros Andarilhos e Cangaceiros 1999 233 pág. /30,00 Novo
  8. Anildomá Willans de Souza  Lampião – Nem herói Nem Bandido /35,00 Novo
  9. Anildomá Willans de Souza Nas Pegadas de Lampião /30,00 Novo
  10. Antônio Amaury C. de Araújo Assim Morreu Lampião /20,00 Ótimo estado
  11. Antônio Amaury C. de Araújo Gente de Lampião – Sila e Zé Sereno /15,00 Novo
  12. Antônio Amaury C. de Araújo Lampião e as Cabeças Cortadas /50,00 Novo
  13. Antônio Amaury e Carlos Elydio Lampião, Herói ou Bandido? /22,00 Novo
  14. Antônio Amaury C. de Araújo Lampião, Segredos e Confidências do Tempo do Cangaço 3ª Ed. 2011 229 pág. /50,00 Novo
  15. Antônio Amaury C. de Araújo Maria Bonita, Mulher de Lampião 2011 Lançamento /50,00    Novo
  16. Antônio Barroso Pontes Cangaceirismo do Nordeste 1973 /45,00 Bom estado/envelhecido
  17. Antônio Barroso Pontes Sociologia do Trabuco 1981 119 pág. /25,00 Bom estado
  18. Antônio Corrêa Sobrinho O Fim de Lampião, O que Disseram os Jornais Sergipanos 2011 166 pág. /30,00 Novo
  19. Antônio Décio Pinto Coronel Zuza e a República da Estrela  /30,00 Bom estado
  20. Antônio Vilela de Souza O Incrível Mundo do Cangaço 2vol. /35,00 "cada".  Novo
  21. Billy Jaynes Chandler Lampião o Rei dos Cangaceiros /35,00 Bom estado
  22. Bismarck Martins de Oliveira Histórias do Cangaço-O Saque de Souza – PB 1924 /28,00 Novo
  23. Bismarck Martins de Oliveira O Cangaceirismo no Nordeste 2002 329 pág. /35,00 Novo
  24. C. Nery Camello  Alma do Nordeste 192 pág. /50,00 Capa dura/bom estado
  25. Câmara Cascudo Flor de Romances Trágicos 185 pág /30,00 Bom estado
  26. Cap. João Bezerra Como Dei Cabo de Lampião – "1983" 263 Pág. /150,00 Bom estado
  27. Carlos Lyra (entrevista) Nunca Matei Ninguém- Chico Jararaca /25,00 Novo
  28. Carlos Newton Júnior O Cangaço na Poesia Brasileira /30,00 Novo
  29. Cicinato Ferreira Neto A Misteriosa Vida de Lampião /30,00 Novo
  30. Cláudio Aguiar Lampião e os Meninos 1994 125 pág. /20,00 Bom estado c/ carimbo
  31. Coleção Mossoroense Pequena Cantoria de Mário de Andrade e Câmara Cascudo para Lampião e Jararaca 103 pág. /30,00 Ótimo estado
  32. Daniel Lins Lampião – O Homem que Amava as Mulheres /25,00 Novo
  33. Eduardo Barbosa  Lampião, Rei dos Cangaceiros 1958 167 pág. /40,00 Bom estado/envelhecido
  34. Élise Grunspan-Jasmin Lampião, Senhor do Sertão 2006 387 pág. /70,00 Ótimo estado
  35. Epitácio de Andrade Filho A Saga dos Limões, Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante 2011 92 pág. /35,00 Novo
  36. Estácio de Lima O Mundo Estranho dos Cangaceiros 1965 327 pág. /120,00 Bom estado
  37. F. Pereira Nóbrega (Pe.Pereira) Vingança Não 1960 1ª Ed. /60,00 Novo
  38. Fernando Portela e Cláudio Bojunga Lampião, o Cangaceiro e o Outro 1982  88 pag. /30,00    Envelhecido/miolo bom
  39. Fred Navarro Assim Falava Lampião 1998 270 pág. /30,00 Bom estado
  40. Frederico Pernambucano de Mello Estrelas de Couro – Edição luxo. /100,00 Novo
  41. Frederico Pernambucano de Mello Quem Foi Lampião 1993 151 pág. /70,00 Ótimo estado
  42. Geraldo Ferraz Pernambuco no Tempo do Cangaço 2 vol. 1.024 pág. /130,00 Novo
  43. Geraldo Ferraz Theophanes F. Torres, Um Herói Militar 2004 250 pág. /45,00 Novo
  44. Gilbamar de Oliveira Bezerra A Derrota de Lampião (Mossoró) 2010 104 pág. /25,00 Novo
  45.  Gonçalo Ferreira da Silva Lampião, a Força de Um Líder 2005 268 pág. /45,00 Ótimo estado
  46. Gouveia de Helias Dias Sem Compaixão 2010 178 pág. /25,00 Novo
  47. Gregg Narber Entre a Cruz e Espada: Violência e Misticismo no Brasil Rural 206 pág. /30,00 Ótimo estado
  48. Gustavo Barroso Terra de Sol /40,00 Novo
  49. Honório de Medeiros Massilon /50,00 Novo
  50. Iaperi Araújo No Rastro dos Cangaceiros 2009 152 pág. /40,00 Novo
  51. Ilda Ribeiro de Souza Angicos- Eu Sobrevivi- Sila – SP 1997 /70,00 Ótimo estado
  52. Isabel Lustosa De Olho em Lampião 2011 109 pág. /25,00 Novo
  53. Ivan Bichara Carcará- Romance Histórico - Ataque de Sabino Gomes a Cajazeiras em 1926 276 pág. /25,00 Bom estado
  54. João Bezerra da Nóbrega Lampião e o Cangaço na Paraíba 2011 345 pág. /45,00 Novo
  55. João de Sousa Lima A Trajetória Guerreira de Maria Bonita /35,00 Novo
  56. João de Sousa Lima Moreno e Durvinha /35,00 Novo
  57. João de Sousa Lima e Juracy Marques (Org.) Maria Bonita- Diferentes Contextos Que Envolveram a Vida da Rainha do Cangaço 172 pág. /35,00 Novo
  58. João de Sousa Lima  Lampião em Paulo Afonso 2003 193 pág. /60,00  Bom estado
  59. Joaryvar Macedo Império do Bacamarte /40,00 Ótimo estado
  60. José Alves Sobrinho Lampião e Zé Saturnino, 16 anos de lutas /40,00 novo
  61. José Anderson Nascimento Cangaceiros, Coiteiros e Volantes /25,00 Ótimo estado
  62. José André Rodrigues (Zecandré) Capitão Januário, a Beata e os Cabras de Lampião 144 pág.   /50,00  Bom estado
  63. José de Abrantes Gadelha  Sangue, Terra e Pó 120 pag. /60,00 Capa Dura nova / miolo bom
  64. José Geraldo Aguiar Lampião, O Invencível, Duas Vidas Duas Mortes (Lampião de Buritis) 2009 275 pág. /45,00 Novo
  65. José Peixoto Júnior Bom de Veras e Seus Irmãos (Os Marcelinos) /35,00 Novo
  66. José Sabino/César Megale Lampião, Sua Morte Passada a Limpo 2011 192 pág. /35,00 Novo
  67. José Gregório  Sertão Perverso 269 pág. /80,00 Capa dura nova/miolo bom
  68. José Gregório Cangaceiro e Herói, Jesuíno Brilhante 1976  123 pág. /80,00  Bom estado
  69. José Hilário Lampião Não Morreu? Do Cangaço ao Congresso 240 pág. /25,00  Bom estado com machas
  70. Juarez Conrado Lampião- Assaltos e Mortes em Sergipe 2010 301 pág. /40,00 Novo
  71. Leonardo Mota No Tempo de Lampião 2002 /40,00 Novo
  72. Luitgarde Oliveira C. Barros A derradeira gesta: Lampião e os Nazarenos Guerreando no Sertão 2000 260 pág. /50,00 Novo
  73. Luiz Bernardo Pericás Os Cangaceiros /50,00 Novo
  74. Luiz Ruben F. Bonfim Lampião Conquista a Bahia 2011 422 pág. /45,00 Novo
  75. Luiz Ruben F. Bonfim Lampião e os Interventores 2007 236 pág. /35,00 Novo
  76. Luiz Ruben F A Bonfim Notícias Sobre a Morte de Lampião 166 pág. /35,00 Novo
  77. Luiz Ruben F. de A. Bonfim Lampião e os governadores /30,00 Novo
  78. Luiz W. Torres Lampião e o Cangaço /25,00 Ótimo estado
  79. Luiz Luna Lampião e Seus Cabras /40,00 Bom estado
  80. Maria Isaura P. de Queiroz História do Cangaço /25,00 Envelhecido/miolo bom
  81. Maria Isaura P. de Queiroz Os Cangaceiros 226 pág. /40,00 Bom estado
  82. Mariane L. Wieserbron Historiografia do Cangaço e o Estado Atual da Pesquisa Sobre Banditismo a Nível nacional e Internacional (Apostila) 28 pág. Coleção Mossoroense Série “A” /20,00 Bom estado
  83. Marilourdes Ferraz O Canto do Acauã - 2011 661 pág. /250,00 Novo
  84. Mario Souto Maior Antonio Silvino – Capitão de Trabuco /40,00 Novo
  85. Maximiano Campos Sem Lei, Nem Rei 1990 141 pág. /12,00 Ótimo estado
  86. Melquíades Pinto Paiva Bibliografia Comentada do Cangaço vol. III-V 89 pág. /15,00 Novo
  87. Melquíades Pinto Paiva Ecologia do Cangaço / 35,00 Novo
  88. Napoleão Tavares Neves Cariri, Cangaço, Coiteiros e Adjacências 2009 131 pág. /30,00 Novo
  89. Nertan Macedo Lampião- Cap. Virgulino Ferreira – RJ – 5ªed. 1975 /30,00 Bom estado
  90. Nertan Macedo Sinhô Pereira- O Comandante de Lampião /45,00 Bom estado
  91. Nertan Macedo O Clã dos Inhamuns 1980 124 pag. /45,00 Ótimo estado
  92. Nertan Macedo Floro Bartolomeu, o Caudilho dos Beatos e Cangaceiros 202 pág. /50,00 Ótimo estado
  93. Nertan Macedo Abilio Wolney 122 pág. /50,00 Bom estado/envelhecido
  94. Nertan Macedo O Bacamarte dos Mourões 1966 250 pag. /50,00 Ótimo estado
  95. Oleone Coelho Fontes Lampião na Bahia  /45,00 Novo
  96. Otacílio Cartaxo Homens e Bichos (Contos) 376 pag. /50,00 Bom  estado/envelhecido
  97. Padre João Carlos Perini  Padre Cícero e Lampião /10,00 Novo
  98. Paulo Medeiros Gastão Lampião de A a Z  2011  73 pág.  /12,00    Novo
  99. Pedro Baptista Cangaceiros do Nordeste 2ª Edição 2011  279 pág. /35,00  Lançamento
  100. Raimundo Nonato Jesuíno Brilhante - O Cangaceiro Romântico /40,00 Novo 2007
  101. Raimundo Soares de Brito Nas Garras de Lampião 2006 161 pág. /45,00 Novo
  102. Ranulfo Prata Lampião /30,00 novo Ótimo estado: /20,00
  103. Raquel de Queiroz Lampeão, a Beata Maria do Egito- Teatro 1995 60 pág. /20,00 Ótimo estado
  104. Raul Fernandes A Marcha de Lampião, assalto a Mossoró. /40,00 Novo
  105. Raul Fernandes Ultimato de Lampião e Resposta de R. Fernandes /15,00 Novo
  106. Renato Phaelante Cangaço – Um Tema na Discografia da MPB 97 pág. /40,00 Novo
  107. Rodrigues de Carvalho Lampião e a Sociologia do Cangaço /80,00 Ótimo estado
  108. Rodrigues de Carvalho Serrote Preto 1961 e 1974 /70,00 Bom estado
  109. Roberto Tapioca Lampião, o Mito 2004 112 pág. /25,00 Ótimo estado
  110. Rosa Bezerra A Representação Social do Cangaço /40,00 Novo
  111. Rui Facó Cangaceiros e Fanáticos /25,00 Bom estado
  112. Saul Martins  Antônio Dó  1997 127 pág. 40,00  Ótimo estado/c/carimbo
  113. Sérgio Dantas Lampião - Entre a Espada e a Lei /60,00 Novo
  114. Severino Barbosa Antônio Silvino – O Rifle de ouro /80,00Reg. Bom estado /100,00
  115. Severino Coelho Viana A Vida do Coronel Arruda, Cangaceirismo e Coluna Prestes 1989 142 pág /50,00 Bom estado/c/carimbo
  116. Sousa Neto José Inácio do Barro e o Cangaço (Major Zé Inácio do Barro) 2011 223 pág. /30,00 Novo
  117. Souza Barros A Década de 20 em Pernambuco /40,00 Bom estado
  118. Tânia Maria de S. Cardoso Cordel, Cangaço e Contestação 2003 99 pág. /25,00 Bom estado
  119. Ulysses Lins Um Sertanejo e o Sertão- Moxotó Brabo- Três Ribeiras (3 em 1) /40,00 Ótimo estado
  120. Vera Ferreira /Antônio Amaury De Virgolino a Lampião Ed. 1999 /50,00 Ótimo estado
  121. Vilma Maciel Lampião- Análise de suas Características Líder /20,00 Novo

Segue a relação de alguns títulos da “Coleção Mossoroense” Série “B” – Que são Plaquetas ou Folhetos, semelhante a uma apostila. São publicações de Palestras, Artigos, Pequenas Biografias, Crônicas, pequenos registros de Fatos históricos, entre outros. 

- Depoimento Sobre Lampião em Mossoró – Laire Rosado - 13 pág. Ótimo estado – 5,00
- Jesuíno Brilhante - Câmara Cascudo – 23 pág. – Ótimo estado – 12,00
- Jararaca – Câmara Cascudo – 20 pág. Ótimo estado – 12,00
- A Versão Oficial Sobre Lampião – José Romero A. Cardoso – 12 pág. Ótimo estado – 12,00
- Viajando o Sertão-(RN) Câmara Cascudo – 61 pág. Ótimo estado – 15,
- Cangaço e Coiteiros – Oswaldo Lamartine – 7 pag. Ótimo estado – 5,00. OBS. Pequeno conteúdo para título tão importante.
- Breve Histórico do Cangaço e das Secas no RN. Gutenberg Costa – 37 pág. Ótimo estado – 15,00
- Bibliografia Sobre Cangaço Cangaceirismo no Boletim Bibliográfico e na Coleção Mossoroense – Isaura Ester F. R Rolim – 10 pág. 5,00
- Cangaço e Organização da Cultura, Caso da 1ª Biografia de Lampião – José R A Cardoso – 30 pág. Ótimo estado – 10,00
- O Frustado ataque de Lampião a Mossoró- Diógenes Magalhães – 8 pág. Ótimo estado – 6,00
- O Mito de Lampião – Visão Histórica e Literária – Kécia B de Figueiredo e Terezinha H M Costa - 48 pág. Ótimo estado – 12,00
- Três Crônicas Sobre o Treze de Junho (1927) Vingt-Un Rosado - 11 pág.– Bom estado – 5,00
- Ataque de Lampião a Mossoró Através da Literatura de Cordel – Veríssimo de Melo – 6,00

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LITERATURA DE CORDEL- EDITORA LUZEIRO
Folhetos NOVOS com 32 páginas. Preço R$ 4,00 cada.

- Leandro Gomes de Barros - A Confissão de Antônio Silvino e Como Antônio Silvino Fez o Diabo Chorar.
- Manoel D’Almeida Filho - Zé Baiano – Vida e Morte.
- Antônio Teodoro dos Santos - Lampião, o Rei do Cangaço.
- Antônio Teodoro dos Santos – O Encontro de Lampião com Dioguinho.
- Antônio Teodoro dos Santos - Maria Bonita a Mulher do Cangaço.
- Manoel D’Almeida filho - A Volta de Lampião ao Inferno.
- Enéias Tavares Santos - O Cangaceiro Isaías
- Rodolfo Coelho Cavalcante – A Chegada de Lampião no Céu.
- Nogueira de Acopiara - Lampião e padre Cícero Num Debate Inteligente – Lampião Absolvido.
- Antônio Américo de Medeiros – Lampião- A Sua História Contada Toda em Cordel.
- Minelvino Francisco da Silva – O Cangaceirismo do Nordeste.
- Manoel D’Almeida Filho - O Encontro de Lampião Com Adão no Paraíso – Lampião Fez Justiça.
- Manoel de D’Almeida Filho - Vida, Vingança e morte de Corisco.
- José Pacheco - A Chegada de Lampião no Inferno – A Grande Luta de Lampião Com a Moça Que Virou Cachorra.
- Manoel D’Almeida Filho - Os Cabras de Lampião.
- José Camelo de melo Resende – Uma das maiores Proezas Que Antônio Silvino Fez no Sertão de Pernambuco + A Confissão de Antônio Silvino + Como Antônio Silvino Fez o diabo chorar.
-Jotabarros – Lampião e Maria Bonita no Paraíso – Lampião governo Geral do Inferno.

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Estou sempre comprando e vendendo livros, os preços podem variar para mais ou para menos, a qualquer momento. Possuo apenas uma unidade de alguns títulos, então será sempre importante confirmar o estoque do livro desejado.
- O frete não está incluído no preço dos livros
- Frete registrado fica numa média de R$ 5,00 por livro.
- Para compras acima de R$ 200,00 "o frete é grátis".

O pedido pode ser feito por E-mail franpelima@bol.com.br ou pelo tel. (83) 9911 8286 (TIM) - (83) 8706 2819 (OI)

Att. Professor Pereira
Cajazeiras/PB

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bota pra curtir

Todas as apresentações do "2º Festival de músicas do cangaço de Serra Talhada"!

Escurinho - Nas Estradas de Bom Nome
"1° colocado e Melhor intérprete do festival".




Carlinhos Pajeú - Em Versos Quebrados, Mulher No Cangaço
"2° colocado no festival".




Tavinho Limma e Sandro Livarck - Flores do Cangaço 
"3° colocado no festival".



Rui Grúdi - O Brasil, o Cangaço e Lampião 
 "4° colocado no festival"




Laerson Alves - Um Cangaceiro e Um Cão
"5° colocado no festival"



Ernesto Teixeira - Convite a Lampião



Igor Bruno - Porrada





Gouveia Filho - O Cangaço e a Nova Ordem Social



Sandro Livarck - Saudade de Prosseguir



Charles Valença - Brilho de Lampião




Ray Di Serra - Riacho de Sangue




Zé Alberto - Semente do Cangaço



Chik - Lembranças do Cangaço





Cley Lunna - Alaúde




Aldeir Bezerra - O Trajeto do Rei




Lysia Condé - Estradeiro




Laércio Beethoven - Cordel Celeste




Roberta Aureliano - Amor Cangaceiro




Jamil Santos e Antônio Cabral - A Última Noite de Lampião




Tavinho Limma - Lembranças de Eu, Virgolino



15 minutos de extras: Making Of com ensaios, depoimentos entrevistas etc...






Créditos: Camilelles - YouTube




sexta-feira, 25 de maio de 2012

Coronel Joaquim Teixeira de Moura

Novas informações sobre o matador do cangaceiro Chico Pereira!

Por Honório de Medeiros.

Ao escritor Ângelo Mário de Azevedo Dantas, autor da “CRONOLOGIA DA POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE” (175 anos de história – 1834 a 2009), volumes 1 e 2, prefácio de Manoel Onofre Jr.; edição do Autor; 2010; obra de inestimável valor para os estudiosos da história do Rio Grande do Norte, encaminhei a consulta seguinte:

    Amigo,
Consulta ao grande historiador da Polícia Militar do RN: Que temos acerca do Coronel Joaquim Teixeira de Moura, importante no Governo Juvenal Lamartine? Temos foto?
    

Um grande abraço,
Honório de Medeiros.

 E recebi, prontamente, a resposta:

    Como vai o amigo? Quanto a Joaquim de Moura, temos sim...


Joaquim de Moura, o segundo da esquerda para a direita, no sentido horário

Obs. (não considerar o homem de chapéu)

Ele era um dos grandes homens de confiança de JL[1]. Era pau pra toda obra. Necessitando matar alguém era com ele mesmo. Aquela "estória" da virada do caminhão que transportava Chico Pereira ficou engasgada por muito tempo. Eu vou separar aqui algumas informações que tenho sobre ele e repasso ao amigo.
 

Tenho apenas duas fotos. Uma consta do livro História do Batalhão de Segurança. A outra foi tirada de um jornal de 1935, onde ele está postado ao lado de outros oficiais.
 


Pescada no Tok de História
   
Joaquim de Moura atingiu o posto de coronel ao ser transferido para a reserva remunerada. Em serviço ativo só chegou a major, mas o pessoal daquela época conquistava até três degraus quando se aposentava.
 

Coronel Bento Manuel de Medeiros, pai de Maurilio Pinto era major quando passou para a reserva. Foi a tenente coronel por direito natural (um posto a mais) e foi a coronel por ter participado da intentona de 1935. Como ainda tinha direito a mais um posto e já tinha alcançado o mais elevado, então ganhou um adicional de 20% nos vencimentos.
 

Isso ocorreu com inumeros oficiais. Tivemos um oficial chamado Antonio Mozart Soares - genitor do coronel Simar Lasfir Soares. Ele foi pra reserva no posto de capitão era capitão quando atingiu o tempo de serviço para a reserva e foi promovido a major, tenente coronel e coronel num mesmo ato, justamente porque tinha direito a três promoções. A chamada lei de guerra e de esforço de guerra também beneficiou policiais militares. Este era o terceiro direito.
 

Ok, amigo: Vamos lá - da esquerda para a direita (o cara de chapéu nada tem a ver):

1) Tenente Francisco Bilac de Faria - parente de Juvenal Lamartine. Ele era o oficial de dia em 23 de novembro de 1935, quando irrompeu a Intentona Comunista aqui em Natal. Bilac chegou a Coronel e foi deputado estadual nos anos 60, salvo engano.
 

Como capitão, foi prefeito nomeado de Martins. Outro detalhe: foi o primeiro oficial combatente a se formar em odontologia, isso em 1940, e chegou a atuar como dentista da PM mesmo antes de se formar. Tais informações constarão do meu futuro livro - História do Serviço de Saúde da PM-RN que pretendo publicar em agosto próximo.

2) Capitão Joaquim Teixeira de Moura;

3) Tenente Coronel Luis Júlio - que era o Cmt da PM na Intentona de 1935. Ele também era sogro do Dr. Onofre Lopes da Silva - patrono do atual Hospital Universitário. Era cunhado do Tenente-Coronel Jacinto Tavares Ferreira que concluiu o inquérito policial contra Lampião acerca do Fogo da Caiçara. Luis Júlio era tio da minha avó paterna, fato que descobri há cerca de quatro anos passados. Antes de 1970, morei na Av. Rio Branco, quase esquina com a Juvino Barreto e me lembro bem de um irmão mais novo do coronel Luis Júlio. Chamavam-no "Dinda" e ele gostava muito de mim, me levava para tirar retrato 3x4, cortar o cabelo etc.

 4). Tenente Severino Raul Gadelha - era o Cmt do Esquadrão de Cavalaria durante a intentona. Chegou a ser Cmt Geral da PM nos anos 50.


Pesquei no Blog do confrade Honório

quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Banditismo Social"?

Por Narciso Dias

Diariamente, quando abrimos o jornal, ficamos escandalizados com a onda de criminalidade que toma conta da sociedade,em especial dos grandes centros urbanos. As pessoas que não compreendem a origem social desta criminalidade anonima, ao mesmo tempo em que se horrorizam com os requintes de crueldade e violência aos furtos mais insignificantes, sentem-se vítimas potenciais e clamam por mais policiamento e mais verbas para a "segurança", na vã esperança de assim viverem com tranquilidade. 

Os mais radicais chegam, inclusive, a pregar abertamente a adoção da pena de morte. No entanto nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a maioria das pessoas torcia pelos bandidos em luta constante com a polícia. Um tempo em que parcela significativa da sociedade não contrapunha ao crime a necessidade de mais repressão,embora este pudesse ser o ponto de vista dos governantes.
        
O bandido social é, em geral, membro de uma socidade rural e, por razões várias, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado como herói por sua gente, seja ele um "justiceiro", ou um "vingador" ou alguém que "rouba aos ricos". 

Quer dizer,na prática os membros da sociedade não reconhecem no Estado e na classe dominante a legitimidade para dizer quem está ou  não agindo segundo a "lei" e os costumes reconhecidos peo povo simples. Este tipo de bandido nada tem a ver com o "bandido comum", isto é, com aquele tipo de criminoso que a própria comunidade se esforça por entregar à polícia. Pelo contrário, é um camponês que por algum motivo "caiu em desgraça" perante os poderosos locais. Este tipo de "banditismo social" é um dos fenomenos mais universais da História. Existiu na China, no Peru, na Sicília, no Nordeste brasileiro, na Ucrânia, na Espanha, na Indonésia etc.
Do ponto de vista organizacional, as sociedades onde ele surge posuem alguns traços comuns: São sociedades rurais que vivem a transição entre a organização tribal e o clã (onde o principal laço de solidariedade social é a família extensa) e a moderna sociedade capitalista em fase de industrialização,quando o avanço do capitalismo no campo destroi a predominância dos laços de família.
        
Nesta sociedade, portanto,será perfeitamente compreensível se um camponês pegar em armas para "vingar a honra" de sua irmã, violentada pelo filho de um proprietário, ou se rebelar e defender os seus parentes que se recusam a pagar os impostos e tributos devidos às autoridades.
        
Pescado in Culturadigital 

Lampião, quando castrava o filho de um coronel que havia deflorado uma moça, ou quando incendiava uma fazenda, era profundamente admirado pela coragem de pegar em armas e realizar "com as próprias mãos" a justiça que o Estado negava ao homem pobre do sertão nordestino. Se sua ação provocava horror e indignação era principalmente entre suas vítimas potenciais, isto é, entre a pequena parcela de opressores do povo.
        
Mas Lampião está longe de ser um "modelo" de bandido social, muito embora tenha sido o mais famoso cangaceiro. Um estudo aprofundado do banditismo permite indentificar dois tipos principais de "fora da lei": O ladrão nobre, com o qual estamos familiarizados graças a figuras populares como Robin Hood, "que rouba aos ricos para dar aos pobres", e o vingador, ou justiceiro, que ao procurar reparar uma grave injustiça semeia o terror entre os opressores.

 Robin Hood
Pescado in Myths and legends      

Os principais surtos de banditismo ocorreram na segunda metade do século XIX - período de franca expansão do capitalismo sobre o mundo rural,em especial graças à introdução das ferrovias em largas parcelas de território antes só alcançadas por tração animal. No Brasil , por exemplo, apesar de o surto do cangaço ter ocorrido em fins do do século XIX e começo do XX, se conhecem casos que remontam a primeira metade do século XVIII.
        
Desta forma o banditismo se torna, em certas ocasiões,um verdadeiro modo de vida, que pode inclusive, sofrer modificações significativas. Não raro esta forma de marginalidade social acaba por desembocar em convulsões sociais maiores, como uma revolução, a que o bandido se vincula em defesa da causa do seu povo.
        
Mas, via de regra, não se pode dizer que o bandido social lute pela revolução. Ele é basicamente um homem que procura "se fazer respeitar" a qualquer preço. Por isso é admirado.


Narciso Dias
Sargento da PMPB
Conselheiro consultivo do Cariri Cangaço
Moderador deste "Sítio"
*Fonte: "O Cangaço" Carlos Alberto Dória

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Convocação

Assembléia Geral Extraordinária da SBEC

O Presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONVOCA todos os associados para Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará no Museu Municipal Lauro da Escóssia, sito, Praça Antônio Gomes, s/n, Centro, Mossoró/RN, no dia 23 de maio de 2012, quarta-feira, em primeira convocação com pelo menos dois terços dos associados às 8:30h e, em segunda convocação, trinta (30) minutos após, com maioria simples dos sócios.

Para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:
1) Informes;
2) Escolha da Comissão Eleitoral;
3) XIV Fórum do Cangaço;
3) Encaminhamentos

  Mossoró (RN), 16 de maio de 2012.
Lemuel Rodrigues da Silva
Presidente

Vaqueirama amiga

Mais um capítulo de 
"CONHECEDORES DA NOSSA HISTÓRIA".

Olá amigos, hoje apresentando a pesquisadora e escritora Luitgarde Barros Cavalcanti:


Espero que esse depoimento aliado aos anteriores sirva para tentarmos entender qual o grau do relacionamento entre Lampião e Pe. Cícero. O próximo encontro será com Renato Casimiro fechando o ciclo.


Abraços e não deixem de comentar
Att. Aderbal Nogueira

Teatro ao ar livre


Ensaio fotográfico do espetáculo "O Massacre de Angico - A morte de Lampião"

José Pimentel tem um novo desafio pela frente, juntamente com atores de Serra Talhada, Recife e Alagoas, está dando forma e trazendo à tona um dos capítulos mais complexos da História do Brasil, os últimos dias da saga de Lampião, com a peça teatral chamada “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, de autoria do pesquisador do cangaço, Anildomá Willans de Souza,  no município de Serra Talhada.  A produção é da Fundação Cultural Cabras de Lampião, que teve o projeto aprovado pela Funarte / Ministério da Cultura.

A estréia está prevista para acontecer no período de 25 a 29  de julho, na Estação do Forró. O diretor já está no município de Serra Talhada em longas jornadas de ensaios com os atores e atrizes, além de figurantes e técnicos – os técnicos de luz serão os mesmos que cuidam da Paixão de Cristo do Recife, sob a coordenação do Alexandre Veloso, assim como a cenografia será cuidada pelo Tibi, responsável por Nova Jerusalém e a Paixão de Cristo do Recife. Vê-se, portanto, a dimensão do espetáculo. O papel de Lampião será vivenciado por Karl Marx, a Maria Bonita terá vida pela atriz alagoana Roberta Aureliano. O elenco que se destaca está assim composto:

Lampião.............................Karl Marx
Maria Bonita.......................Roberta Aureliano
Dona Bela...........................Gorete Lima
Giboião...............................Gilberto Gomes
Padre Cícero.......................Taveira Júnior
Getúlio Vargas.....................Feliciano Félix
Zé Saturnino.......................Taveira Júnior
Assistente I.........................Beto Filho
Assistente II........................Marcos Fabrício
Assistente III.......................Humberto Cellus
Pedro de Cândido...............Carlos Silva
Soldado..............................Taveira Júnior
Luiz Pedro...........................Diógenes de Lima
Zé Sereno............................Carlos Amorim
Sila......................................Karine Gaia
Enedina................................Danúbia Feitosa
Dulce...................................Leandra Nunes

O espetáculo mostrará os últimos momentos de Lampião e Maria Bonita em Angico, Sertão de Sergipe, onde foram massacrados juntamente com  nove companheiros, no dia 28 de julho de 1938. Mas na construção do enredo são mostrados cenas do passado marcantes na história do Rei do Cangaço, como suas desavenças com o primeiro inimigo José Saturnino, seu encontro com Padre Cícero para receber a patente de capitão do Batalhão Patriótico, uma das cenas será no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede presidencial da época,  onde o presidente Getúlio Vargas determina o fim do cangaço, várias outras cenas ligadas ao imaginário popular, com a cabroeira dançando xaxado, a traição de Pedro de Cândido, até culminar com a morte do casal mais famoso do cangaço, fazendo o expectador mergulhar na história, com uma arrojada trilha sonora, e efeito especiais.

O MASSACRE DE ANGICO – A MORTE DE LAMPIÃO vai reafirmar o estado de Pernambuco como o palco dos maiores espetáculos teatrais do Brasil. E, nesse caso, um grande autor, um consagrado diretor, para contar essa história de TRAIÇÃO, AMOR E ÓDIO, que tem como palco, os confins do sertão, na primeira metade do século passado. Segue abaixo registros do ensaio fotográfico e gravação do VT.






Veja o ensaio completo no Ponto de Cultura Cabras de Lampião



do sertão, na primeira metade do século passado. Segue abaixo registros do ensaio fotográfico e gravação do VT.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Para o fim de semana

"Corisco e Dadá" - Rosemberg Cariry | 1996 - completo |



Sinopse:

O Capitão Corisco (Chico Diaz), conhecido como Diabo Loiro, famoso por sua crueldade, valentia e beleza, rapta Dadá (Dira Paes) quando ela tinha 12 anos de idade, jogando-a na difícil vida do cangaço. A partir desse acontecimento, a vida de Corisco se transforma por completo. Ele é um condenado de Deus cuja missão é lavar com sangue os pecados do mundo. Dadá, que a princípio o odiava, descobre o companheirismo, entre lutas e dificuldades, e vê o ódio transformar-se em amor. E é o seu amor que humaniza Corisco, livra-o da condenação divina e determina a sua nova história sangrenta e trágica.


Créditos: TV Cangaço - YouTube

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Para os "guris"

Papercraft cangaceiro

Toy-art para você imprimir e montar. Salve a imagem, imprima, dobre, cole e taí mais um cangaceirinho na sua coleção.


Pesquei em www.cubinhokids.com.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Prévia

A Sedição está literalmente em ponto de bala

Clip de divulgação do Making of da minissérie "Sedição de Juazeiro" com música de meu cumpadi Camilo Vidal. Tá prontinha visse, e logo a FGF TV vai exibí-la para todo o estado do Ceará.


Abraço a todos!

Aderbal Nogueira

domingo, 13 de maio de 2012

Memórias de um tempo brabo

O cangaço na literatura de Francisco J. C. Dantas

Por Antônio Fernando de Araújo Sá

Resumo: dialogando com a tradição literária do Nordeste brasileiro, a obra do escritor sergipano Francisco J. C. Dantas possibilita um rico diálogo entre literatura, memória e história em que a temática da identidade regional associada ao cangaço emerge, de forma diferenciada, mas sempre recorrente, nos livros Os Desvalidos (1993) e Cabo Josino Viloso (2005). 


Francisco J. C. Dantas
Nascido em Riachão do Dantas (SE), em 1941, Francisco J. C. Dantas tem produzido uma obra literária baseada na sua vivência no interior nordestino, particularmente de Sergipe e Bahia, em que sobressai a preocupação estilística de estabelecer um vocabulário particular destes sertões, pautado na oralidade. A invenção da identidade sertaneja dos Estados de Sergipe e Bahia aparece nas narrativas literárias em sólidas bases históricas e linguísticas do falar de sergipanos e baianos. Os testemunhos das personagens são verossímeis, edificando vestígios das memórias do tempo do “cangaço” e sua herança no imaginário social do sertão nordestino, principalmente dos ecos da literatura de cordel.
“... outra vez Lampião se fizera encantado”.(Francisco J. C. Dantas)

Inserida numa proposta de releitura da literatura brasileira contemporânea, especialmente da prosa romanesca de Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, a obra do escritor sergipano Francisco J. C. Dantas possibilita um rico diálogo entre literatura, memória e história em que o mundo do sertão é construído a partir da visão do homem simples e desvalido e indissociavelmente ligado ao cangaço. Esta opção narrativa enuncia uma tensão entre literatura e sociedade, na qual o escritor, diferenciando-se da tradição regionalista nordestina, estrutura uma requintada carpintaria literária, em que sobressai a preocupação estilística de estabelecer um vocabulário particular dos rincões de Sergipe e Bahia.

Pautando-se na oralidade, sua obra literária denuncia a falta de acesso à cidadania dos marginalizados da seca por meio de seus conflitos existenciais, em que múltiplas vozes se fazem presentes. Ao mesmo tempo, sua escrita possui sólidas bases históricas, como podemos perceber nos testemunhos das personagens que edificaram vestígios de memórias do “tempo do cangaço” e sua herança no imaginário social do sertão nordestino, especialmente, nos livros Os Desvalidos (1993) e Cabo Josino Viloso (2005).

Como a matéria prima dos livros Os Desvalidos e Cabo Josino Viloso trata da memória, partimos do princípio de que tal ideia se vincula ao próprio conceito de cultura, no qual assentam os quadros de sentido e de referência que funcionam como princípios geradores, esquemas de percepção, de apreciação e de ação (CARDIM, 1998).



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Ao mesmo tempo, a memória é uma prática de intermediação entre as estruturas sociais, individuais e coletivas da identidade e os desafios da alteridade, ela se produz também pela mediação de uma cultura, materializando-se em livros, filmes, imagens etc. É neste sentido que tomamos estes objetos culturais como operadores da memória social, revelando mais como uma conjunção, um entrecruzamento do que a suposta oposição entre “memória coletiva” e “história” (DAVALLON, 1999).

Aliás, Wagner de Souza sugere que a verdadeira mimese deve ser procurada nas obras não preocupadas em refletir a história, como em Os Desvalidos, na qual a criação literária vem ao encontro do texto histórico. Segundo ele, “o romance de Dantas, mesmo não fazendo parte da mesma ordem de discurso que o do historiador, apresenta o contexto social e cultural, traz para a narrativa os personagens históricos, no entanto, ficcionalizando-os, sem utilizar o distanciamento da terceira pessoa”. Deste modo, o “que torna seu texto diferente do construído para figurar na estante da história é o posicionamento narrativo escolhido, concedendo voz aos cangaceiros e aos desvalidos para que se saiba a história também pelo viés deles” (SOUZA, 2007, p. 115 e 116).

Como o “literário” é construído historicamente, consideramos as obras literárias como reescrituras, mesmo que inconscientes, em que “o significado não é apenas alguma coisa ‘expressa’ ou ‘refletida’ na linguagem – é na realidade produzido por ela” (EAGLETON, 2006, p. 66). Em A Lição Rosiana, o próprio Dantas (2002, p. 391) sugere que, a literatura não se esgota na retórica [...] que tem de se abastecer nas raízes do contexto de formação do próprio escritor. Que só podemos escrever exuberantemente quando nos abandonamos e abrimos os ouvidos às forças inconscientes que nos rodeiam e alimentaram a nossa formação.

Para ele, a força e a permanência de uma obra literária advêm “do mergulho profundo no chão onde nasceram” (DANTAS, 2002, p. 391). Deste modo, o elemento articulador entre memória e cultura é a categoria sertão, que estrutura a narrativa literária de Francisco J. C. Dantas, em seu diálogo com a tradição literária presente no livro seminal Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, que, segundo ele, traçou “o caminho da literatura ambientada no campo e nas pequenas cidades” como “legítimo fundador da nossa contemporaneidade” (DANTAS, 2002, p. 392).

Desta reescritura da tradição literária do sertão, irrompem nas narrativas de Francisco J. C. Dantas personagens marcados pela miséria, não-cidadãos, mas que revelam, dialeticamente, alegrias, afetos, honra, amor e outros sentimentos, fazendo alta literatura sobre desvalidos, roceiros, mulheres, metamorfoseando a matéria do sertão em pura transcendência, tal como fez Guimarães Rosa.

Um primeiro aspecto da literatura do escritor sergipano que dialoga com a tradição intelectual que remonta a Euclides da Cunha é a transitoriedade do sertão, daquela “possibilidade de que os seres e coisas sertanejos possam transformar-se, subitamente, em seus próprios opostos” (AMADO, 1995, p. 65). Tanto a personagem Maria Melona, de Os Desvalidos, quanto Josino Viloso, de Cabo Josino Viloso, são exemplares desta transfiguração de seres em seus opostos. 

A primeira personagem era uma “criatura de corpo solto e bem apanhado”, “desempenada e peituda”, mas era “mulher afinada e zeladora” e “engolfada em parecer feminina”. Depois da ruptura do casamento com Filipe, ocasionada pela fofoca de Coriolano, transfigura-se em um cangaceiro de punhal, calça e fuzil, “bem mudada em homem macho” (DANTAS, 1993, p. 56, 68 e 105). Logo depois, em atitude heróica, Maria Melona salva a vida de Filipe, em “correria desapoderada” na garupa do seu cavalo, sob a fuzilaria de Azulão.

Já a segunda personagem, Josino Viloso, à sua maneira, fizera uma revolução no lugar, onde o cacete comia e sopapos, rasteiras e cabeçadas eram constantes no cotidiano do Alvide. Por meio de inúmeras táticas – hipnose, compadrio –, o delegado tornara-se uma “evangelizador” da paz. Caracterizado como ausente do sentido de vilão, ou de vileza, mas também “não se destacava pelo talhe brioso, não tinha o porte olímpico, o desempeno espartano, nem galhardia cortês de um cavalheiro” (DANTAS, 2005, p. 77), a personagem fugia da violência a todo custo. Ainda que apareça como antiherói, que de delegado passa a comparsa de assassino profissional, Valenciano, só para não contrariar o compadre, o autor revela o cenário de violência marcante na sociedade nordestina da época, no qual o trabuco dominava as relações interpessoais.

De certo modo, a personagem da narrativa de Francisco J. C. Dantas, Cabo Josino Viloso, no exercício do seu mandato como delegado de polícia, questiona a ideia de um sertão parado no tempo, que remete à descrição euclidiana de que os sertanejos estão abandonados faz três séculos e cujos costumes remetem às sociedades passadas (ALVES, 1997).

Ainda em debate com aquela tradição intelectual, a representação literária do sertão de Dantas aparece como um lugar autêntico e, ao mesmo tempo, indômito. Na prosa romanesca de Os Desvalidos, o desvalido Aribé aparece com sua rala capoeira e alojado no saco de serrote, não passando [...] de um sovaco de chão carrasquento, forrado a lascas de pedra e afivelado de espinhos, muito agressivo com todo suplicante que, corrido dos cachorros, fure o cerco impenetrável, ziguezagueando entre agudas baionetas, e descambe até aqui pra se acoitar (DANTAS, 1993, p. 146). Em outra passagem, o autor justifica a fama de lugar desvalido do Aribé, pois do “sertão, tem o sol e a míngua, mas não a seiva: do brejo, a mesma areia e o saibro rugoso, mas não a chuva. Natureza madrasta!” (DANTAS, 1993, p. 162).

Em Cabo Josino Viloso, a representação do sertão isolado e indômito aparece associada à descrição da cidade de Alvide, no sertão baiano. Inserida num tabuleiro, “em um lençol de areias, destampado de estuporada claridade”, a cidade se resumia a “uma pracinha com seu chão de areia e duas fileiras de casas mal-ajambradas”. No centro da Praça, somente existe um “mastro comido pelo cupim, um madeiro ladeado pelas duas únicas árvores desse pedacinho de tabuleiro enquadrado pelas casas de portas encostadas” (DANTAS, 2005, p. 26, 28, 27).

A ideia de ausência de poder público associada à representação do sertão na literatura também se faz presente nos dois livros analisados. Essa menção pode ser registrada na personagem de Coriolano,
desvalido pelo poder do trabuco, por conta do domínio de Lampião: “O que tinha de gente e terra,
perdera na força do trabuco. Está esvaziado ... e as vozes mortas o arrastam a seu castigo” (DANTAS,
1993, p. 20). Na novela Cabo Josino Viloso, a descrição da delegacia e a condição de delegado sem
provisão são reveladoras da ausência do poder público na região da Bahia:
[...] Como é que um militar da Corporação Policial Baiana tem condições de se estabelecer num vilarejo sem pensão para a bóia e o pernoite, sem um alojamento de tijolo cozido e platibanda para fundamentar a sua Delegacia? (DANTAS, 2005, p. 24).
Próximo da representação clássica do sertão, há menções ao fanatismo religioso, em que a cidade de Alvide é habitada por “terríveis descendentes daqueles brutos que morreram em Canudos, ao lado de Conselheiro” (DANTAS, 2005, p. 27). Paralelamente, Josino Viloso se remete ao fenômeno de Canudos como sinônimo de luta, resistência, coragem e violência, quando lembra sua origem familiar que reporta a: 
[...] uma família dragona e medonha. Me reporto a um tal Chiquitintão, homem de fé do finado Conselheiro.

Na guerra santa, este tal aguentou o tranco à custa de farofa feita de sangue talhado. Comia orelha torrada
de soldado inimigo. Adonde eu digo que compartilho com ele, que não desapartava de uma laçada de forca. Me venho dessa raça pagã que tem o sangue gelado, um povo sem perdão, refeito na impiedade (DANTAS, 2005, p. 78).

Em Os Desvalidos, é registrada também a passagem do séquito de Antônio Conselheiro pelo Aribé, quando de “pescoço entupido de bentinho e patuá”, este povo “beato e romeiro” rumaram para o Ceará, provavelmente os sobreviventes da guerra fratricida (DANTAS, 1993, p. 174).

Assim, as referências históricas e culturais dos dois livros aqui analisados remetem à imagem clássica do sertão como sinônimo dos fenômenos de “fanatismo religioso” e “banditismo”, ambos produzidos pela ausência do poder público que caracteriza a sua história. Aqui emerge o Nordeste da fome, da miséria, do fanatismo, do cangaço, temas que vão marcar toda a produção cultural brasileira contemporânea sobre a região, tanto do ponto de vista sociológico, quanto artístico. É a descoberta do “outro” Nordeste. Contudo, o diferencial da literatura de Dantas é que este “outro” é moldado por uma carpintaria reveladora da sociedade, desprezando a ideologia romanesca presente na geração de 1930, que só percebia a exploração humana nas relações de classe entre patrão e empregado.

Na prosa romanesca brasileira a temática do cangaço serviu de inspiração literária como são os casos do pioneiro livro O Cabeleira, de Franklin Távora, passando por Coiteiros de José América de Almeida, Os Cangaceiros e Pedra Bonita, de José Lins do Rego, Seara Vermelha, de Jorge Amado até chegar ao magistral livro de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. Maria Isaura Pereira de Queiroz já havia alertado que a utilização do cangaceiro como tema artístico desempenhou uma função semelhante ao índio para o romantismo na literatura brasileira, na medida em que, a partir da última grande guerra, aquele personagem passou a se constituir em símbolo da nacionalidade.

Para ela, o cangaceiro possibilitava o debate sobre as transformações de uma socidade tradicional em sociedade de classes, ao mesmo tempo em que fornecia uma compensação psicológica aos oprimidos diante das camadas superiores opressoras (QUEIROZ, 1975, p. 514). Neste sentido, o mito do cangaço servia para salientar características que lhe sejam úteis para reforçar a solidariedade interna das coletividades e para distinguir uma das outras as sociedades globais e, internamente, os grupos que as compõem. Os símbolos são, antes de mais nada, brumosos e ambíguos. São estas condições, porém, que lhe permitem captar e expressar os rumos essenciais e profundos do sentir coletivo (QUEIROZ, 1991, p. 68).

Aqui encontramos como elemento fundamental das narrativas históricas e literárias a ambiguidade do cangaço num movimento pendular entre fato histórico e projeções coletivas, favorecendo a leitura mitológica do fenômeno social e construindo certa memória coletiva sobre o Nordeste brasileiro.

Por exemplo, a diabolização e a idealização de Lampião moldaram essa memória, fornecendo um instigante campo de pesquisa, ainda inexplorado, da compreensão do funcionamento dos imaginários sociais e seus mecanismos de apropriação de acontecimentos históricos. Aqui o cangaceiro pode ser representado como um símbolo contraditório associado a múltiplas representações que vão do bandido sanguinário ao bandido social, do justiceiro ao mau-caráter sem escrúpulos, tornando-se, portanto, aberto a várias ressonâncias (SILVA, 1996).

Dialogando com esta tradição literária, Francisco Dantas, em Os Desvalidos (1993), narrou “os tempos do cangaço” em Sergipe, a partir do olhar de Coriolano. O desamparo da personagem sem proteção de coronel demonstra que naquele “tempo brabo”, “pobre não vive sem patrão”. A falta de opção do sertanejo é explicitada na afirmação: “ou se apanha de Lampião ou dos mata-cachorros”, isto é, quando não eram os cangaceiros, era a volante a humilhar o pobre sem patrão (DANTAS, 1993, p. 126, 135).
Como apontou Frederico P. de Mello, na pobreza feita de espinho e pedra do sertão, os jovens que não fossem filho de fazendeiro ou ligado a elite econômica local “restava apenas a alternativa de ser policial ou bandido, uma e outra coisa, aliás, parecendo-se bastante num meio em que a luta diária orientava-se pela sobrevivência” (MELLO, 2004, p. 26).

Assim, a construção do romance mostra outra faceta da memória escrita e da poesia cantada pelo povo, que é a memória daqueles que não se tornaram volantes ou cangaceiros. A relação entre Coriolano e Lampião apresenta-se como ponto nodal para demarcar o espaço e o tempo da narrativa, oferecendo diferentes vozes para o relato ambíguo do mito de Lampião.

Não podemos esquecer que a literatura de cordel colaborou, decisivamente, na construção deste mito, seja produzindo uma “apologia do cangaço”, seja efetuando uma “diabolização” do cangaceiro (SILVA, 1996). Inclusive, ecos da influência da literatura de cordel na construção narrativa do romance podem ser percebidos em referências aos versos de Gomes de Barros tirados por Filipe e lembrados por Coriolano. Ou ainda quando este personagem sonha em ser cordelista, mas “fecha a livralhada, que é muito difícil conciliar leitura com algum trabalho duro que se converte em dinheiro, e se volta a montar um fabrico de bombom de mel de abelha” (DANTAS, 1993, p. 26 e 29). Entretanto, a prosa romanesca de Dantas constrói uma moldura complexa do mito de Lampião.

De um lado, o cangaceiro aparece como sinônimo da violência gratuita do prazer em matar, em que emerge a associação à animalidade, como é o caso da afirmação de que “Lampião é um bicho sem medidas”, “se encrespa todo como uma cobra para o bote”. Ou ainda o “besta-fera é envultado, tem o corpo fechado pelo poder da reza do santo de Juazeiro” (DANTAS, 1993, p. 202 e 132). Nestes trechos da narrativa o cangaço é destituído de qualquer conteúdo social, é produto de ‘um instinto’ quase animalesco (...). Escondem-se os motivos sociais do cangaço, procurando minar a solidariedade popular e denunciar o apoio dos coronéis tradicionais a tal prática (ALBUQUERQUE, 1999, p. 127).

Paradoxalmente, na narrativa também é realçada uma descrição crítica do funcionamento do coronelismo à época de Lampião, mostrando o comprometimento dos poderosos coronéis com a vida criminal dos seus jagunços: Quanto mais graúdo e mais gabado é o nome de um coronel, mais ficam encobertas as armadilhas e patifarias que os jagunços cometem com sua permissão, de tal forma que, botando assim outros culpados pela frente, o manhoso se resguarda dos crimes que financia, e vai vivendo sem que lhe cobrem um só pingo das vilezas semeadas, cada vez mais honradão das larguezas e canduras, engordando a própria fama a desacatos de tamanha impunidade! (DANTAS, 1993, p. 150-1).

Neste sentido, encontramos um olhar mais humano de Lampião, em que a cultura sertaneja abonava o cangaço, como pode ser visto na passagem que o romancista afirma que ele “é um estranho rei corrido e engendrado pela penúria de seu próprio povo” (DANTAS, 1993, p. 15). Lampião aqui aparece como produto do meio, como herói vingador construído pela literatura de cordel e pela memória popular, em que aparece como uma forma rudimentar de agitação social. Na própria fala de Coriolano percebe-se alguma feição de gente quando comenta que “Virgulino metia medo também a esses ricaços malvados” (DANTAS, 1993, p. 80).

Registre-se ainda neste processo de humanização dos cangaceiros a entrada das mulheres nos bandos de cangaceiros, modificando alguns comportamentos. Para Coriolano, foi o encontro com Maria Bonita que o fez amolecer o coração. “Na roda da saia dela, Virgulino bem sabe que virou outro” (DANTAS, 1993, p. 186).

Mas talvez o que mais chame atenção na caracterização de Lampião, nos dois livros analisados, seja a menção à crença no seu “corpo fechado”, constituindo-se no quadro de crendices e superstições comuns ao catolicismo rústico. Inclusive, Coriolano, com receio de ser boato, não explodiu em alegria pelo medo que sentia de Virgulino:

A notícia chegou indagorinha trazida de Boquim, onde o trenzinho, de ordinário a chocalhar atrasado,
cochilando o ano inteiro pelos trilhos, rompeu hoje estabanado na frente do horário, resfolegando fuligem,
estalido e fumaçada, pra espantar mais cedo a morte daquele que ainda trasantontem era gabado por ter o
corpo fechado (DANTAS, 1993, p. 12). 

Em Cabo Josino Viloso, a dimensão desta crença popular na existência do “corpo fechado” de Lampião, por conta de suas rezas fortes presentes no seu embornal, é mencionada pela coragem do personagem em enfrentar à população de Alvide: “[...] Ou é doido varrido... ou anda munido de oração forte contra faca, chumbo e pancada” (DANTAS, 2005, p. 48).

Esta crença do “corpo fechado” de Lampião foi encontrada nas recentes viagens pelo sertão nordestino por parte de Camelo Filho, identificando na literatura de cordel versos que aludem à ideia de corpo fechado, que é uma marca registrada do imaginário do sertanejo. De um modo geral, Padre Cícero e Nossa Senhora das Dores aparecem na maioria das orações rezadas pelos cangaceiros, aparecendo como “protetores divinos” do grupo (CAMELO FILHO, 2001, p. 130 e 135).

No mesmo sentido, Max Silva D’Oliveira reiterou a devoção de Lampião a santos da Igreja Católica, mas também a Padre Cícero Romão Batista, de Juazeiro do Norte/CE. Com base nas afirmações de Piragibe de Lucena, o autor também comenta que Lampião sempre trazia consigo orações de corpo-fechado, bem como orações de São Gabriel, São Paulo, São Pedro, São Jorge, Santa Luzia, São Thiago e a Virgem Maria. Além das orações, D’Oliveira também afirma que assumiu como obrigação dar “esmolas para os necessitados, o respeito aos padres e aos velhos, demonstrando através do pedido de benção por parte do cangaceiro” (D’OLIVEIRA, 1999).

A personagem Josino Viloso também compartilhava, como os cangaceiros, da fé em São Gabriel, que era invocado sempre que a ocasião beirava ao perigo: [...] “beija o escapulário e outros amuletos pendurados no pescoço, balbucia jaculatórias, pedaços de salmo, ladainhas, chama por São Gabrié. Tange as mãos aos esconjuros” (DANTAS, 2005, p. 30).

A menção indireta à figura de Lampião na narrativa novelesca de Cabo Josino Viloso demonstra que o banditismo e pela violência endêmica das lutas entre famílias e clãs caracterizavam o sertão baiano à época e que o estado de guerra permanente fazia com que a manutenção da ordem fosse baseada no exercício da força. A ausência de agências de representação do poder público tornava a cidade de Alvide, lugar marcado pela violência, onde somente “acolhe cria de cobras, de lacraias e de onças. Não há lugar para um cristão” (DANTAS, 2005, p. 35).

Em sua menção à Lampião, o escritor expõe a presença do medo que o bandoleiro impunha nos sertões baianos daquele momento, quando afirma que daquele “armamento tão monstro nem Lampião escapava!”. “Se topa comigo... tava lascado” (DANTAS, 2005, p. 82).

Por ser objeto e a razão do mito nacional, o sertão tem sido preservado no imaginário e na vivência concreta dos brasileiros, ao longo da história do Brasil, como pode ser percebido nas narrativas literárias de Francisco J. C. Dantas. Deste modo, o diálogo entre literatura, história e memória pode ser lido tanto ao nível das relações familiares, nos gestos desempenhados no cotidiano, nos hábitos enraizados, quanto em sua complexa mistura de supressão e de recriação do passado que, apesar do seu caráter fundamentalmente transformativo, permite conservar o essencial da recordação sobre o passado sertanejo.

Portanto, estes dois livros analisados constituem-se em material precioso para o debate histórico e
sociológico do Nordeste na primeira metade do século XX, na medida em que, ao se propor ao “desafio
de compor as vozes da cultura popular em acordes próprios de escritor culto”, como afirmou Alfredo Bosi
(Apud DANTAS, 1993), o autor lança novas luzes sobre a temática do cangaço, fundindo, numa perspectiva pós-moderna, a história e a ficção, no sentido de expor a ambiguidade da trajetória de Lampião
no imaginário social nordestino. Aqui a ficcionalização do cangaceiro serve como ponto de partida para
a revisão da própria história brasileira, ao trazer à baila sua dimensão humana (SOUZA, 2007, p. 98).

Entretanto, para compreendermos tais livros não podemos tratá-los apenas como documentos históricos, sociológicos ou antropológicos, mas como “obras de arte literárias”, pois estabelecem um diálogo crítico com a tradição literária sobre o cangaço no Brasil, elaborando uma rica “reflexão sobre a literatura e o fazer literário, em suas dimensões cultas e populares” (PIRES, 2005, p. 64).

Referências 

ALBUQUERQUE, Durval M. de. A Invenção do Nordeste e outras artes. Campinas/SP; Recife/PE: Cortez/Fundação Joaquim Nabuco, 1999. 

ALVES, Francisco José. Os Sertões como obra historiográfica. In: Cadernos UFS: História. São Cristóvão/SE, v. 3, n. 4, jan./ jul. 1997 (Canudos 100 anos). 

Revista Mosaico, v.3, n.1, p.103-109, jan./jun. 2010 109 

AMADO, Janaína. Construindo mitos: a conquista do oeste no Brasil e nos EUA. In: PIMENTEL, S. V. &  

AMADO, J. (orgs.). Passando dos limites. Goiânia: Editora da UFG, 1995. 

CAMELO FILHO, José Vieira. Lampião: O sertão e sua gente. Campo Grande/MS: Editora da UFMS, 2001. 

CARDIM, Pedro (org.). Cursos da Arrábida: A História: Entre Memória e Invenção. Lisboa: Publicações Europa-América/ Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998. 

D’OLIVEIRA, Max Silva. O cangaço e a religiosidade de Lampião. In: Caos: Revista Eletrônica de Ciências Sociais. João Pessoa,Universidade Federal da Paraíba, n. 0, dezembro de 1999 (endereço eletrônico: . Acesso em: 11.02.2009. 

DANTAS, Francisco J. C. – A Lição Rosiana. In: SCRIPTA. Belo Horizonte, v. 5, n. 10, p. 386-392, 1o semestre 2002. 

DANTAS, Francisco J. C. – Os Desvalidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. 

DANTAS, Francisco J. C. Cabo Josino Viloso. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2005. 

DAVALLON, Jean. A Imagem, uma Arte da Memória. In: ANCHARD, Pierre [et. al.]. Papel da Memória. Campinas/SP: Pontes, 1999. 

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil. 2. edição. São Paulo: A Girafa, 2004. 

PIRES, Antônio Donizeti. Coivaras, Palimpsestos & Novas Lavouras. In: Terra Roxa e outras terras – Revista de Estudos Literários. Vol. 5 (2005), p. 62-76 [p. 64]. Capturado no endereço eletrônico: . Disponível em: 11.02.2009.  

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. História do Cangaço. 4. edição. São Paulo: Global, 1991 (Coleção História Popular, n. 11). 

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Notas Sociológicas sobre o Cangaço. In: Ciência e Cultura. 27 (5), maio de 1975, p. 495-516. 

SILVA, Patrícia Sampaio. Le symbole et sés diverses résonances: analyse de l’historiographie du Cangaço. Revue Histoire et Société de l’ Amerique Latine. Paris, Amérique Latine: Expériences et Problématiques d’Historiens (A.L.E.P.H.)/Université de Paris 7, n. 4, maio 1996. 

SOUZA, Wagner de. Entre a fé cega e a faca amolada: representações ficcionais do cangaço. Curitiba: Curso de Pós-Graduação em Letras/UFPR, 2007 (Tese de Doutorado).
  
Fonte:  Revista Mosaico

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Conhecedores da nossa história

Programa 2: Bosco André, Padre Cíço e Lampeão

Saudações amigos do Lampião Aceso

Segue o 2º capítulo da série "Conhecedores da nossa História", com depoimento do amigo Bosco André. O assunto é o mesmo, a polemica patente concedida ao Rei do cangaço em Juazeiro do Norte, CE. 

Vamos comparando o que cada um dos entrevistados está dizendo. 


Ainda vem muita "bomba" pela frente. Aguardem os nossos próximos convidados: Renato Casimiro; Luitgarde Barros...

Att.
Aderbal Nogueira

terça-feira, 8 de maio de 2012

Xilo

Game brasileiro que é cabra da peste


Fico muito feliz em saber que estamos desenvolvendo jogos criativos e bem divertidos no Brasil. Além disso, projetos como o do game “Xilo” dão um gás nos ânimos de quem não levava muita fé na produção nacional de jogos independentes.

É por isso que o Girls of War faz questão de apoiar a galera indie brazuca e, sempre que rola algum jogo legal no cenário brasileiro, procuramos falar com o pessoal por trás da produção. Isso além de ajudar a divulgar o suado trabalho da equipe fazendo valer toda a dedicação, também pode servir como inspiração para quem quer começar a fazer jogos e não sabe como dar início a um projeto, ou mesmo que já está fazendo um pode tirar dúvidas.

Recentemente conversei com a galera lá da Paraíba (terrinha de meu papai psycho, que um dia ainda vou visitar), responsável pelo desenvolvimento do jogo “Xilo”, que como o próprio nome já deixa implícito, é todo baseado na arte popularizada no Nordeste do Cordel e da Xilogravura.

Bom, vou deixar o pessoal de Campina Grande contar esse “causo” melhor para vocês. A voz da equipe na entrevista foi Rodrigo Motta – responsável pelo Game Design, Direção de Arte, Personagens e Level Design do jogo:

1) Gostaria que me contasse um pouco sobre como se formou a equipe do jogo e de onde partiu a inspiração para o desenvolvimento de Xilo?

Rodrigo Motta - Todos nós somos de Campina Grande, Paraíba, uma região muito rica em termos de histórias de fantasia e folclore. Desde sempre me interessei pelas histórias que os mais velhos contavam e sempre pesquisei sobre essas lendas. Então, a inspiração para o Xilo já estava enraizada e só esperando o momento para nascer. Durante um bom tempo fiz um registro pessoal dessas lendas, além de imagens de referência e variações estéticas que poderiam fazer parte do jogo. E a Xilogravura (técnica de usar desenhos em madeira e depois carimbar em papel, muito popular na região) sempre se destacou e foi a escolha pra marcar o visual do jogo.

Três dos quatro membros da equipe do Xilo já se conheciam: eu, Trigueiro Junior e André Torres somos amigos de longa data, mas estávamos meio distantes devido ao corre-corre da vida. Daí nos reencontramos no Curso de Jogos Digitais da Facisa, eu como professor e eles como alunos. Conhecemos então o Diego Galiza e o grupo fechou. Com a possibilidade de participar do SBGames, faltando exatos 20 dias para a entrega do protótipo, apresentei a ideia e trabalhamos feito loucos durante estes 20 dias. Ah, é importante deixar claro que o Xilo tem a colaboração de outras pessoas: Banda Cabruêra, Vandré Paulo, Suênia Leôncio e Almyr Gabriel.


2) Percebe-se, claramente, que vocês quiseram dar um ar bem Cordel ao jogo – tanto no próprio nome “Xilo”, de xilogravura, até na arte do jogo. Qual foi a complexidade de adotar esse estilo? A equipe teve a ajuda de algum artista especializado nessa arte tipicamente nordestina?

Rodrigo - A resposta para esta pergunta pode ser: tenho Xilogravuras penduradas nas paredes da minha casa. :-) É uma arte que admiramos bastante. Faz parte da nossa cultura e tem uma carga estética muito forte: é simples e ao mesmo tempo muito dramática. Por acaso, tanto eu quanto o Trigueiro, que trabalhamos com design e publicidade, já havíamos feitos trabalhos envolvendo esta estética – o que facilitou bastante, mas passamos um bocado de tempo analisando o estilo, criando pincéis para Photoshop e utilizando efeitos para tentar simular a técnica. Analisamos algumas outras obras que utilizavam essa técnica e tentamos criar algo só nosso, adicionando um pouco de cor e alguns elementos no traço para facilitar a visualização dos personagens e animações do jogo.



3) Uma coisa que não ficou muito clara, pelo vídeo de divulgação, foi para qual ou quais plataformas o jogo está sendo desenvolvido. Onde e quando os jogadores poderão testar Xilo? Ele será gratuito ou pago?

Rodrigo - Uma coisa que gostaria muito de colocar no vídeo seria “disponível para todas as plataformas”. Mas existem algumas que são bem complicadas para lançamento de jogos independentes e precisaríamos de um publisher. De início, Xilo será um jogo para desktops Windows e MacOS, esse é o objetivo primordial e o foco da equipe principal.

No entanto, tenho trabalhado junto com mais duas pessoas para o desenvolvimento de Xilo para iPad e iPhone/iPod. A dificuldade maior para o porte para iOS não é nem técnica e sim conceitual. Não nos sentimos à vontade de lançar o Xilo para um aparelho multi-touch sem que ele tenha uma jogabilidade adequada a este tipo de gadget. A coisa tem que ser feita do jeito certo. Fora isso, provavelmente deve rolar uma versão web mais simples e existe grande possibilidade de fecharmos com outro estúdio para a produção de uma versão pra Xbox Live.

Já existem algumas pessoas jogando o protótipo de Xilo. E quem estiver no SBGames de 7 a 9 de novembro (em Salvador) também poderá jogar. Fora isso, decidimos não liberar para o público, pois nem todo mundo consegue separar o que é um projeto em andamento de um produto finalizado, então melhor que o público tenha contado com algo mais acabado, que pode ser uma versão demo em alguns meses.

Apesar de começar como um trabalho acadêmico, Xilo é um projeto comercial. Nossa intenção realmente é que ele traga retorno financeiro, mas o modelo de negócio ainda não está definido. Já recebemos cantadas de empresas com interesse em “comprar” o jogo e distribuí-lo de graça e pra nós isso seria ótimo. Queremos que todo mundo jogue Xilo. Essa parte de grana é complicada e depende muito de estratégias para cada plataforma.


4) Quais foram suas inspirações e fontes de pesquisa para compor o game design do jogo? Alguma influência de Limbo (pela atmosfera mais escura e com poucas variações de cores)?

Rodrigo - Em termos de ambientação, como já disse, foi a própria cultura nordestina e o folclore brasileiro como um todo. O roteiro tem alguns aspectos clássicos e algumas peculiaridades com base nas histórias contadas no interior do Nordeste. Muitas destas lendas brasileiras são caricaturizadas e tentamos nos aprofundar mais em cada uma delas, buscando aspectos que não são normalmente transmitidos ao grande público. E a história do Biliu, nosso herói, será uma grande aventura, cercada de muita ação e drama, como são as histórias no Nordeste. O vídeo, que todos tiveram acesso, não foi capaz de transmitir isso e todos irão se surpreender.

Mario, Limbo e Braid foram grandes inspirações pra nós. Mario, pois podemos dizer que é a grande referência de jogos 2D de plataforma. Mas quando vimos Braid e Limbo, pensamos “É isso!”. Não comparo Xilo com Braid pelo seguinte: considero a mecânica de volta/controle do tempo de Braid extremamente revolucionária. É um tapa na cara de quem “não respeita” jogos 2D/plataforma. Em Xilo queremos mecânicas divertidas sim, mas nada deste tipo. Teremos novos movimentos, armas, itens em cada level para dar dinâmica e ação ao jogo, mas dentro de uma linha mais tradicional.

O que também chamou atenção em Braid foi ver uma história “séria” ser contada através de imagens que não são realistas. No caso de Limbo, ele foi uma grande inspiração, mas não no sentido que todos falam “porque tem poucas cores”. Não é isso. Quem entende de arte vê que Limbo tem todo um lance de iluminação, de silhueta, partículas, etc. Não temos isso em Xilo. Temos a estética da Xilogravura “estilizada”. A grande inspiração pra nós com Limbo foi ver o jogo e pensar “caramba, olha só, é possível criar uma estética diferenciada e com ela trazer um conjunto de sentimentos, uma experiência, uma imersão neste tema que queremos transmitir”. Essa é a grande lição que tiramos de Limbo.



5) Acredito que a maioria dos jogos desenvolvidos no Brasil dificilmente usam a própria cultura do país como referência. Quais os principais desafios e barreiras que tiveram (ou ainda têm) que transpor para “convencer” as pessoas de que o Brasil também pode dar jogo e que pode sim ser legal?

Rodrigo - Se uma pessoa precisa ser “convencida” que a cultura do seu país é legal, temo em dizer que essa pessoa tem muito mais problemas pra resolver na vida. Principalmente num país-continente-multicultural como o Brasil. Se o desenvolvedor de jogos, ou o jogador, quiser desenvolver ou jogar o que estamos acostumados do exterior, não vejo problema nenhum com isso. E não posso dizer com certeza que temas nacionais sempre irão funcionar. Não existe um caso em que eu possa me basear. Mas eu acredito. É simples assim. Acredito porque sei que tudo o que é bom e feito com seriedade dá certo. Você acredita? Com o pouco do que mostramos com o Xilo, pude notar que muita gente acredita também. Temos o nosso objetivo e queremos alcançá-lo com honestidade, é simples.

A maior barreira, pelo que pude analisar, não é nem em relação à cultura brasileira… E sim o poder da cultura americana no mercado de jogos e nas nossas vidas. Sem notar, as pessoas se apegam aquele modo de agir, de pensar, aquela estética e o “estranho” passa a ser a nossa cultura. E não estou criticando o que vem de fora não, eu também gosto. E, por isso, quero ver minha cultura inserida nesse mercado. Lembro de um fato engraçado durante a produção do protótipo do Xilo: surgiu um conceito da Mula-sem-cabeça onde ela parecia um Colossi de Shadow of Colossus.

Nesse momento paramos tudo e conversamos… O que estamos fazendo aqui afinal? Chegamos à conclusão que é nos agarrando ao nosso conceito primordial, a nossa cultura, que poderemos entregar um produto honesto. Deste dia para frente o time trabalhou feito relógio suíço. E vou dizer: temos ideias para mais uns três jogos utilizando temas nacionais que todo mundo conhece, mas que, quando contamos da roupagem que queremos dar, as pessoas arregalam os olhos e se tremem todas.

Gostaria de agradecer a vocês meninas pela oportunidade aqui, dizer que acho bem legal o blog e tenho certeza que vocês estarão nessa com a gente.


-  Girls of War responde: com certeza Rodrigo. Estamos 100% juntos com o pessoal determinado a produzir jogos no Brasil e podem sempre contar com a gente. Sucesso para vocês!

 - Veja o trailer de Xilo, enviado para o SBGames 2011:



Conheça a equipe de Xilo:



 Quem é quem da esquerda para direita: José Trigueiro JR, 30 anos (Animação, Personagens e Cenários); - Rodrigo Motta, 30 anos (Game Design, Direção de Arte, Personagens e Level Design); - André Torres, 30 anos (Mixagem e Efeitos Sonoros); - Diego Galiza, 26 anos (Programação).

Xilo deverá ser lançado durante as festividades do São João de 2012, para computadores e aparelhos móveis.

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